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RJ apura soltura com alvará falso de um dos maiores traficantes de armas do mundo

João Filipe Barbieri e João Victor Silva Roza, outro membro da quadrilha, deixaram os presídios pela porta da frente com alvarás de soltura

atualizado

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Reprodução Internet
João Filipe Barbieri
1 de 1 João Filipe Barbieri - Foto: Reprodução Internet

Rio de Janeiro – A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) abriu investigação para apurar as saídas pela porta da frente de um dos presídios do Rio de Janeiro de João Filipe Barbieri, considerado um dos maiores traficantes de drogas do mundo, e de João Victor Silva Roza, outro membro da quadrilha.

A 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeira nega ter expedidos os alvarás. João Felipe é enteado de Frederick Barbieri, considerado o “Senhor das Armas”, preso nos Estados Unidos. A informação de que eles tiveram os alvarás expedidos, conforme alegou a Seap ao desembargador Marcello Granado, foi negada pela Justiça Federal.

Em nota, o órgão do judiciário foi taxativo: “Os alvarás de soltura não foram expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal, havendo, portanto, indicativo de fraude”, informou em um dos trechos.

Granado, relator do processo no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, determinou o cumprimento de mandado de prisão dos réus e investigação do Ministério Público Federal (MPF). Agora, eles são considerados foragidos da Justiça.

“É evidente que houve conluio dos funcionários da Seap. O erro é uma aberração, primário. Após a revogação de uma prisão, há o serviço de pesquisa, o chamado Sarq, para conferir a rigidez da documentação e saber se não há outros mandados de prisão. Comprovada a fraude, os servidores devem ser demitidos a bem do serviço público e responder criminalmente”, afirmou o presidente da Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim), James Walker Junior.

Ficha criminal

João Filipe Barbieri saiu do presídio em 13 de novembro do ano passado. Condenado a 27 anos de prisão, ele estava preso desde 2017. Já João Victor Silva Roza, outro membro da quadrilha, condenado a 16 anos por envolvimento com a quadrilha, deixou a prisão no dia 9 de outubro.

Em nota, a Seap informou que “informa que instaurou sindicância, para apurar rigorosamente os fatos. A Seap reitera que está apoiando  as investigações Ministério Público Federal  e Tribunal de Justiça Federal. A secretaria estabeleceu um novo protocolo de dupla checagem de documentos eletrônicos , a fim de evitar  fraudes, relacionadas ao envio de comunicações judiciais falsas”.

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