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RJ: 28 agentes da PRF estiveram em hospital que atendeu menina baleada

Informação foi dada pela família de Heloísa e consta no pedido de prisão dos três policiais rodoviários envolvidos na morte da criança

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1 de 1 foto colorida da criança heloisa de 3 anos baleada pela PRF - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Facebook

De acordo com a família da pequena Heloísa dos Santos Silva, de apenas 3 anos, que morreu nesse sábado (16/9), após ter sido baleada durante uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Baixada Fluminense (RJ), 28 agentes da corporação estiveram no hospital logo após o incidente.

Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), uma tia da menina informou que foi intimidada por um dos agentes. A informação consta no pedido de prisão que o MPF enviou à Justiça contra os três policiais rodoviários envolvidos no crime.

Heloísa morreu após nove dias de internação. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias, a garota teve uma parada cardiorrespiratória irreversível.

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Heloísa, de 3 anos, foi baleada em ação da PRF no Rio de Janeiro
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Heloísa, de 3 anos, foi baleada em ação da PRF no Rio de Janeiro

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“No dia do evento se dirigiram ao hospital Adão Pereira Nunes 28 policiais, os quais, segundo palavras da própria testemunha, ficaram vasculhando e ‘mexendo’ no carro [onde Heloísa estava] durante certo tempo”, escreveu o procurador da República Eduardo Benones.

“Inclusive [a tia] relatou que um dos policiais, que não participou do ocorrido, apontou-lhe um projétil e disse que aquele projétil atingiu o veículo deles, numa tentativa inequívoca de intimidar a testemunha e incutir nela a versão sustentada pelos policiais. Isto tudo ocorreu no ambiente hospitalar, quando a vítima Heloísa recebia atendimento médico-cirúrgico”, descreveu.

Benones representou pela prisão de Fabiano Menacho Ferreira – que admitiu ter feito os disparos –, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva. O pedido foi realizado na noite de sexta-feira (15/9), antes de Heloísa morrer.

“Fatos como os acima narrados causaram um abalo psicológico concreto nas vítimas, as quais, obtempere-se, já estavam e estão fragilizadas por terem passado pela traumática experiência de terem o carro cravejado de tiros e um familiar de apenas 3 anos de idade lesionado por tiros de fuzil. Claro está que a testemunha foi intimidada como forma de manipular a investigação e que continuará a sê-lo caso não haja intervenção judicial”, pediu o procurador.

Benones também pediu à Justiça uma nova perícia no fuzil apreendido e no carro onde Heloísa estava.

Presença no hospital

Dos 28 PRFs que estiveram no hospital, um deles conseguiu entrar na emergência pediátrica do Hospital Adão Pereira Nunes enquanto Heloísa era atendida – “razão há para se temer, inclusive pela integridade física da vítima”, destacou Benones.

“O policial rodoviário federal Newton Agripino de Oliveira Filho, conforme amplamente divulgado nos veículos de mídia nacional, ingressou sem autorização nas dependências do CTI do Hospital em questão. De mais a mais, este policial assediou o pai de Heloísa, buscando estabelecer conexões sem que isto fizesse parte de qualquer estratégia de ajuda institucional”, detalhou.

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