Risco de morte por Covid é 57 vezes maior do que reação grave à vacina
No Brasil, a incidência de EAG é de 5,1 a cada 100 mil doses aplicadas, ou seja, 0,005% do total de imunizantes usados até agora
atualizado
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Boletim epidemiológico da Covid-19, divulgado pelo Ministério da Saúde, aponta que o risco de um pessoa morrer em decorrência do novo coronavírus é 56,6 vezes maior do que apresentar um evento adverso grave (EAG) em reação à vacina contra a doença. Já em caso de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave, o risco é 257 vezes maior.
No Brasil, a incidência de EAG é de 5,1 a cada 100 mil doses aplicadas, ou seja, 0,005% do total de imunizantes usados até agora. Entre 2020 e 2021, houve 2.775.666 internações, segundo o boletim, e a mortalidade por Covid foi de 288,6 a cada 100 mil.
Assim, 1,3% da população brasileira — 1.310 a cada 100 mil habitantes — foi internada ou evoluiu para óbito até o momento.
“Os dados aqui apresentados denotam o excelente perfil de benefício versus risco da vacinação contra a Covid-19”, informa o boletim. “Ainda, o impacto da Covid-19 vai muito além do risco de morte ou internações, levando ainda a complicações tais como: tromboses venosas, miocardite e pericardite, síndromes neurológicas como a síndrome de Guillain-Barré, encefalite e doenças desmielinizantes, hemorragias cerebrais, arritmia, infarto agudo do miocárdio, embolia pulmonar, entre outros”.
De acordo com o Ministério da Saúde, esses dados são “conservadores, tendo em vista que parte expressiva dos EAG notificados não possuem qualquer relação causal com a vacinação”.
Dos 9.896 casos adversos graves relatados, em 35,7% foi descartada a relação causal com a vacina.
Vacinação
Dados da Campanha Nacional de Imunização mostram que 72,3% da população com 12 anos ou mais no país está totalmente imunizada contra a Covid-19. Ou seja, já recebeu duas doses ou a vacina de dose única. O número corresponde a 132.323.656 dos quase 182 milhões de brasileiros, nessa faixa etária, com o ciclo vacinal completo.