Rio: Sérgio Cabral será transferido para presídio de segurança máxima
Decisão da Justiça foi publicada nesta terça (3/5); investigações mostraram que ex-governador recebia tratamento especial em prisão
atualizado
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Rio de Janeiro — O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral será transferido para um presídio de segurança máxima. A decisão foi publicada pela Vara de Execuções Penais (VEP) na tarde desta terça-feira (3/5).
Uma reportagem do Fantástico, exibida no último domingo (1º/5), revelou que o político tinha regalias dentro da Unidade Especial Prisional da PM (PMERJ), em Niterói. Ele e mais outros cinco detentos serão levados ao Complexo de Gericinó, em Bangu.
O juiz Bruno Monteiro Rulière ressaltou, na decisão, que os fatos constatados em inspeções judiciais indicaram irregularidades gravíssimas nas rotinas de controle e segurança do endereço.
“Essa situação acaba por revelar, ainda que de forma momentânea, a inadequação da permanência destes presos na UPPMERJ, que se cuida de estabelecimento penal militar que apresenta ambiência absolutamente diversa das demais unidades prisionais do Estado”, pontuou.
Dentre as regalias de Cabral, sua cela era revestida com isopor para reduzir o calor. Até toalhas bordadas com seu nome foram encontradas no local. Agentes também localizaram um caderno com uma lista de despesas e pagamentos, incluindo gastos com festas e banquetes.
A expectativa é de que o político e os outros cinco detentos sejam transferidos para a Penitenciária Laércio da Costa Peregrino ainda nesta semana. Ali, deverão cumprir isolamento cautelar pelo prazo de 10 dias.
A defesa de Sérgio Cabral se manifestou sobre a decisão do juiz Bruno Monteiro Rulière. A advogada de Cabral afirmou que recebeu a decisão com perplexidade.
“É com absoluta perplexidade que recebemos a informação, pela imprensa, da decisão de transferência do ex-governador para um presídio de segurança máxima sem haver, sequer, um processo administrativo disciplinar para elucidação dos fatos narrados. Como se não bastasse, o descumprimento dessa garantia básica impediu a defesa de ter acesso formal às informações veiculadas, apesar dos pedidos dirigidos ao juízo prolator da decisão, bem como as razões que embasam e justificam tal determinação” – Patrícia Proetti, advogada de defesa do ex-governador Sérgio Cabral
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