Rio quer atingir turista não vacinado ao ampliar passaporte da vacina
Secretário de Saúde diz que outro objetivo da cidade é fazer com que cerca de 750 mil tomem a segunda dose da vacina contra Covid-19
atualizado
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Rio de Janeiro – A Prefeitura do Rio de Janeiro pretende dificultar a vida do turista não vacinado contra a Covid-19. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, este é o objetivo das novas medidas restritivas da cidade, em vigor a partir desta quinta-feira (2/12), que ampliam a exigência do passaporte da vacina.
As novas regras passaram a valer no mesmo dia em que a cidade de São Paulo cancelou a festa de Réveillon, uma preocupação a mais para o Rio, que pode receber os turistas que tinham como destino a capital vizinha.
“Como não há um protocolo para o passageiro que chega por transporte aéreo e rodoviário, medidas que precisam ser definidas pelo Ministério da Saúde, ampliamos as exigências da cidade. O turista não vacinado pode vir, mas ele não terá onde ficar, por exemplo, já que os hotéis só podem fazer reservas com a comprovação vacinal”, explica Soranz.
Outro objetivo é ampliar a cobertura da população vacinada contra a Covid-19 na cidade. Cerca de 750 mil pessoas ainda não completaram o esquema vacinal com a primeira e segunda dose ou a dose única.
“Com certeza esta é uma preocupação. Mas temos uma boa cobertura vacinal na cidade do Rio e estamos intensificando a imunização. Hoje, apenas 5% da população adulta e 10% dos adolescentes não receberam a segunda dose (o que representa cerca de 750 mil pessoas)”, explica Soranz.
Mudanças nas regras
De acordo com o decreto publicado em Diário Oficial nesta quinta-feira (2/12), a comprovação de imunização deverá ser apresentada em shoppings, hotéis e salões de beleza. A medida também contempla serviços essenciais como restaurantes, bares e lanchonetes, mas apenas para os clientes que forem acomodados em áreas internas ou cobertas.
“Os transportes coletivos não foram incluídos porque não temos como fiscalizar tudo. E sem hospedagem, quem vem de fora não vai ficar circulando em transporte público”, completa o secretário, que afirma que a festa de Réveillon segue confirmada na cidade.
Cabe aos estabelecimentos fazer o controle de acesso nos espaços e a manutenção das áreas livres de aglomeração. O comprovante de vacinação (que deve ser apresentado junto com documento de identificação com foto) nesses locais deverá ser exigido a partir desta quinta-feira.
Para que a cidade mantenha o favorável cenário epidemiológico, Soranz diz que também está intensificando a busca ativa pelos não-vacinados e que a imunização será feita em locais de grande concentração de pessoas, como estações do metrô e feiras.
“Seguimos monitorando também os casos novos, que são muito pouco (nenhum deles grave). E aguardamos o resultado do exame feito no material colhido da paciente com suspeita de infecção pela variante Ômicron, que chegou de viagem da África do Sul dia 21 e testou positivo dia 29″, lembra o secretário. “Estamos num bom momento. Vamos seguir assim”, torce.