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Rio planeja Réveillon com 13 palcos e queima de fogos em toda a cidade

Prefeitura diz que festa está condicionada ao cenário epidemiológico na capital, que atingiu 80% de adultos vacinados com primeira dose

atualizado

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Fernando Maia / Riotur
Queima de fogos em Copacabana, no Réveillon de 2019
1 de 1 Queima de fogos em Copacabana, no Réveillon de 2019 - Foto: Fernando Maia / Riotur

Rio de Janeiro – A cidade do Rio lançou, nesta sexta-feira (6/8), o caderno de encargos com os guias para as empresas interessadas em patrocinar a grande festa de Réveillon que a prefeitura planeja para a virada de 2021 para 2022. A ideia é espalhar 13 palcos pela cidade, incluindo o Boulevard Olímpico, na Zona Portuária, e outro em uma praça em Bangu, na zona oeste. Outra novidade é a retomada da queima de fogos na Igreja da Penha, na zona norte.

Segundo a prefeitura, a divulgação dos cadernos não garante a festa, “condicionada ao cenário epidemiológico da pandemia na capital”. Até esta sexta-feira, a capital tinha imunizado 80% dos cariocas adultos com uma dose ou a dose única. Com estoques de doses baixos, a vacinação segue dependendo de novas remessas de doses pelo Ministério da Saúde.

Flexibilização

A cidade segue com restrições, incluindo a proibição de boates, pistas de dança e eventos com aglomeração. No entanto, na semana passada, a prefeitura apresentou um plano gradual de flexibilização das medidas de restrição em três etapas, entre elas a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras para o mês de novembro, medida condenada por especialistas.

Com a missão de ser o maior Réveillon dos últimos tempos, a festa  é planejada no momento em que o Rio se tornas o epicentro dos casos de Covid-19 provocados pela variante delta, que tem maior poder de transmissibilidade. Na última virada, justamente por causa do coronavírus, não houve queima de fogos na orla, e poucas pessoas saíram de casa.

Points

Desta vez, a festa acontecerá em Copacabana (com três palcos e balsas com os fogos de artifício); no Boulevard Olímpico; na Praça Guilherme da Silveira, em Bangu; no IAPI da Penha; na Praça Paulo da Portela, no Parque Madureira; na Praia do Flamengo; na Praia da Moreninha, em Paquetá; na Praia da Bica, na Ilha do Governador; na Praia da Capela, em Guaratiba; na Praia de Sepetiba; e no Piscinão de Ramos, na zona norte.

A partir dos cadernos de encargos, os parceiros escolhidos ficam responsáveis pela criação, desenvolvimento do projeto, planejamento, execução e prestação de contas. Em contrapartida, terão permissão de uso da marca na realização do Réveillon. Duas licitações ainda serão abertas para a contratação das empresas responsáveis pelas balsas e pela queima de fogos.

Ao anunciar o plano de flexibilização, o prefeito Eduardo Paes (PSD) disse, na semana passada, que o Réveillon será o “maior da história da cidade” e que o carnaval, se tudo caminhar como o previsto, será realizado. “Nós estamos programando diante dos dados – aí, desculpe, são os epidemiologistas que podem nos dizer – que a gente vai ter, sim, Réveillon e Carnaval.”

Temeridade

Para Roberto Medronho, infectologista e epidemiologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um cenário de flexibilizações é preocupante. De acordo com ele, liberar, por exemplo, estádios para 100% a partir de outubro é “muito complicado”.

“O plano proposto pela prefeitura eu considero no mínimo uma temeridade. Nós temos agora a variante delta no nosso país, e espalhando inclusive no Rio de Janeiro. Nós temos uma boa cobertura vacinal no município, mas não temos certeza de que a efetividade da vacina seja a mesma do que das cepas anteriores do vírus. Então, a briga, agora, nós podemos ter problemas de aumento da transmissibilidade da doença”, diz o infectologista.

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