Após caos no Rio, polícia faz operação para evitar novos confrontos
Os ataques ao transporte público do Rio ocorreram em represália à morte de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, sobrinho do miliciano Zinho
atualizado
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Depois de uma segunda-feira (23/10) de terror no Rio de Janeiro, com ataques que culminaram em 35 ônibus e um trem incendiados na zona oeste, forças de segurança realizam, na manhã desta terça (24/10), uma operação na região onde o miliciano Luís Antônio da Silva Braga atua. Conhecido como Zinho, ele é tio de integrante do grupo morto durante confronto com a polícia.
A operação desta terça é realizada em conjunto pelas polícias Civil e Militar. O objetivo é evitar que outros veículos sejam queimados, além de garantir a segurança da população.
Os ataques ao transporte público do Rio ocorreram em represália à morte de Matheus da Silva Rezende, mais conhecido como Faustão e Teteu, apontado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) como o número dois da milícia Bonde do Zinho, a principal da capital fluminense.
Veja as imagens de ônibus incendiados no Rio:
Ainda nesta terça, o ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino, afirmou que aumentará o número de equipes federais no estado e no município, além de determinar a ida de autoridades para a capital fluminense. São elas:
- Secretário Executivo Ricardo Cappelli;
- Secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar;
- Comandante da Força Nacional, coronel Alencar.
Sobrinho de miliciano morto no Rio
O sobrinho do miliciano Zinho, Faustão, morreu durante confronto com policiais na comunidade de Três Pontes, em Santa Cruz, também na zona oeste da cidade.
De acordo com apurações do Metrópoles com fontes de inteligência e com o histórico de investigações oficiais, Zinho lidera a milícia tem o apelido dele no nome, o Bonde do Zinho. A origem do grupo se deu após um processo que envolve a participação de familiares e trocas de comando em regiões dominadas pela milícia.
Ataques no Rio causam prejuízo milionário
Conforme o sindicato das empresas de ônibus da cidade do Rio de Janeiro, a Rio Ônibus, esta segunda foi o dia com maior número de veículos destruídos da história da capital. A entidade estima que o prejuízo do ataque aos coletivos possa chegar a R$ 35 milhões.
Na segunda, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), confirmou a prisão de 12 criminosos supeitos de atear fogo nos ônibus. “Eles já estão presos por ações terroristas e, como ações terroristas, estarão sendo encaminhados para presídios federais”, explicou o governador.