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Rio Negro, em Manaus, volta a atingir o menor nível em 122 anos

Nível das águas, na região da Bacia do Rio Amazonas, segue oscilando negativamente em alguns locais. Situação deve perdurar até dezembro

atualizado

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Divulgação/SGB
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1 de 1 imagem colorida de rio negro, em manaus - Foto: Divulgação/SGB

O trecho do Rio Negro que passa por Manaus (AM) segue diminuindo, apesar dos sinais de estabilidade e recuperação das últimas semanas. Conforme a medição feita pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), o curso d’água atingiu, pela segunda vez no ano, um novo recorde negativo.

A cota mínima superou a marca anterior, registrada em 4 de outubro deste ano, quando chegou a 12,66 m, e caiu para 12,22 m nessa terça-feira (29/10). Essa é a menor marca já verificada no local, desde 1902, quando foi iniciado o monitoramento diário no local, ou seja, há 122 anos.

Os dados estão no 45º Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Amazonas, divulgado pelo SGB. Conforme os números, o ritmo de declínio do Rio Negro tem sido de, pelo menos, cinco centímetros por dia.

O cenário preocupante na região, que ainda aguarda a chegada das chuvas em maior volume, deve se prolongar pelas próximas semanas. Os prognósticos do SGB indicam que a cota do rio deve continuar abaixo de 16 m até a primeira semana de dezembro, pelo menos.

“O período chuvoso ainda não se consolidou na bacia. As chuvas regulares só devem começar em novembro. Por isso, antes de iniciar as subidas, o rio ainda passará por essas variações de nível”, diz a pesquisadora e superintendente regional de Manaus, Jussara Cury.

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Rio Negro
Rio Negro, em Manaus (AM)
Rio Negro, na Amazônia
Rio Negro, no Amazonas, durante seca
Casas de palafitas no bairro Educandos, em Manaus. Moradores não têm rede de esgoto e dejetos são jogados diretamente no Rio Negro
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Rio Negro, em Manaus

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Rio Negro

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Rio Negro, em Manaus (AM)

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Rio Negro, na Amazônia

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Rio Negro, no Amazonas, durante seca

Reprodução
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Casas de palafitas no bairro Educandos, em Manaus. Moradores não têm rede de esgoto e dejetos são jogados diretamente no Rio Negro

Sarah Teófilo/Metrópoles

Seca na Amazônia

A seca em 2024 levou ao extremo rios importantes da Amazônia. Além do Rio Negro, o último boletim do SGB aponta situação preocupante, também, no Rio Solimões, que voltou a diminuir em Tabatinga (AM), Manacapuru (AM) e em Fonte Boa (AM), onde retornou ao nível de 7,17 m, o menor desde 1978.

O nível do Rio Amazonas, segundo o SGB, caiu novamente em Itacoatiara (AM), onde chegou a mínima de -11 cm, e teve declínios, ainda, em Parintins (AM), Óbidos (PA) e Santarém (PA). O Rio Purus, em Beruri (AM), também voltou a descer.

Já o Rio Madeira, em Porto Velho (RO), que também atingiu as menores marcas da história em 2024, apresentou oscilações no último período de análise, chegando a 78 cm. Em Humaitá (AM), o nível subiu um pouco, atingindo 8,7 m.

Só neste ano, mínimas históricas foram registradas pelo SGB em mais de 10 cidades da Bacia do Rio Amazonas.

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