Rio: miliciano ligado a Ronnie Lessa é alvo de operação policial

Luiz Paulo de Lemos Júnior, o Juninho Chupeta, miliciano ligado a Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco, foi alvo, nesta quinta-feira (3/10), de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que investiga lavagem de dinheiro de uma milícia que atua em Gardênia Azul, zona oeste do Rio.

Os mandados desta quinta foram expedidos pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Comarca da Capital e serão executados nas cidades do Rio de Janeiro e Petrópolis.

A operação é executada por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) irão cumprir quatro mandados de busca e apreensão em endereços vinculados ao Juninho Chupeta, segundo informações do G1.

Não foi expedido nenhum mandado de prisão.

No fim de 2023, Luiz Paulo chegou a ser preso em flagrante por posso ilegal de armas de fogo, porém foi solto.

“Juninho Chupeta foi recentemente indiciado pela Draco pela venda de armas para a milícia. Ele tem grande versatilidade nessa organização criminosa e atua tanto em homicídios quanto na lavagem de capitais”, disse o delegado João Valentim.

Um dos locais em que os agente cumpriram o mandado de busca e apreensão foi em um posto de gasolina no Flamengo, Zona Sul do Rio. Segundo os investigadores, o local foi comprado por Juninho Chupeta com o intuito de realizar a lavagem de dinheiro.

As investigações apontam que o homem integrou a milícia que dominava Gardênia Azul. Ele também teria ajudado a lavar dinheiro das atividades criminosas.

Juninho Chupeta possui vínculos com Ronnie Lessa, o Suel, Maxwell Simões Corrêa e Fábio da Silveira Santana, o Fábio Caveira.

O miliciano é apontado como motorista em um atentado que matou André Henrique da Silva Souza, o Zóio, e sua namorada, Juliana Sales de Oliveira, em 2014. Esses homicídios são ligados a Ronnie Lessa e o ex-vereador Cristiano Girão Matias, os dois aguardam julgamento em prisão preventiva.