Rio: menina espancada e morta tinha queimaduras e vergões pelo corpo

Rio de Janeiro – O diretor administrativo do Hospital Municipal São Francisco de Assis, em Porto Real, no Sul Fluminense, Fábio de Souza Silva, revelou ao Uol que a menina Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, que morreu no último sábado (24/4) após sofrer agressões da madrasta e da mãe, tinha marcas impressionante pelo corpo.

De acordo com Fábio, além da criança apresentar sangramento no crânio, havia ainda marcas compatíveis com queimadura de cigarro e vergões pelo corpo. Ketelen estava também com um dos pulmões paralisados, supostamente em razão das agressões. A menina morreu seis dias após ser levada ao hospital, que a atendeu inicialmente.

Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que investiga o caso, Ketelen foi espancada por, ao menos, 48 horas. A mãe da garota, Gilmara Oliveira de Farias, de 27 anos, e a madrasta, Brena Luane Barbosa Nunes, de 25, são acusadas pela agressão. Gilmara e Brena foram presas em flagrante e vão responder por tortura e homicídio.

De acordo com a polícia, somente laudos da perícia irão dizer se as lesões que possivelmente tornaram um dos pulmões inertes foram provocadas pelo espancamento que antecedeu a morte de Ketelen ou se eram consequência de outras surras.

Além dos danos irreversíveis ao pulmão e ao cérebro, que levou a menina ao coma por trauma cranioencefálico antes de ser levada ao hospital pelo Samu, o diretor do hospital afirmou que outros hematomas extensos da cabeça aos pés chocaram a equipe médica.

“Os vergões, semelhantes a chibatadas, como se tivesse sido açoitada, estavam distribuídos pelo corpo. Também havia marcas de queimaduras em vários pontos da pele”, relatou.