Rio Madeira: ativistas denunciam centenas de balsas em garimpo ilegal
Moradores do local acionaram o Ibama; extração de minério é proibida na região
atualizado
Compartilhar notícia
Centenas de balsas e dragas usadas para extração de ouro atracaram nessa terça-feira (23/11) no Rio Madeira. As dragas, que sugam o rio em busca de minério, estão em um porto próximo da comunidade Rosarinho e a apenas 120 quilômetros de Manaus.
Segundo denúncias de ativistas, são ao menos 300 balsas que neste momento no Rio Madeira.
A prefeitura de Autazes alertou o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e acionou a Marinha, a Polícia Federal e o Ministério do Meio Ambiente.
“Não podemos permitir que essa atividade, que é ilegal, coloque em risco a vida dos moradores do Rosarinho e, consequentemente, de toda a região. Os ribeirinhos e comunitários solicitaram que a prefeitura os ajudasse a preservar o rio, os peixes e o seu trabalho”, disse o prefeito de Autazes, Anderson Cavalcante (PSC), por meio de uma nota.
Veja o vídeo:
Em nota, o Ipaam esclareceu que comunicou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para alinhar as providências, depois de identificar a presença das balsas mineradoras.
Juliano Valente, diretor-presidente do Ipaam, também informou que as balsas estão ancoradas no rio Madeira, local de competência dos órgãos federais.
Segundo o comunicado, a regulamentação da exploração mineral na área ” é de competência da Agência Nacional de Mineração. O licenciamento é de responsabilidade do Ibama, e a atuação, em caso de crimes de exploração ilegal de minério, é competência da Polícia Federal. Ainda sobre a trafegabilidade e de poluição hídrica, o acompanhamento é feito pela Marinha”.
O diretor-presidente declarou que, apesar de a competência de atuação na área ser federal, o governo do Amazonas está “à disposição para atuar em parceria com os demais órgãos” e que fará uma reunião de alinhamento com representantes do Ibama, Marinha e Polícia Federal na manhã de quinta-feira (25/11).
“O Governo do Estado se coloca à disposição dessas forças no sentido colaborativo. Então, em todas as ações que advirão desses órgãos, o Governo do Estado está no apoio. Nós apoiaremos as ações administrativas do Ibama. E as forças de segurança do Estado estão à disposição dos órgãos federais para tomarem as ações devidas”, pontuou Juliano Valente.