Rio instala tendas para ampliar atendimento e conter surto de gripe
Estado instalou tendas nas UPAs da cidade após o aumento de 429% no número de pacientes com gripe que buscam atendimento nas unidades
atualizado
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Rio de Janeiro – Para ajudar a conter o surto de gripe no Rio, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) abriu, nesta sexta-feira (3/12), tendas de atendimento contra a gripe nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estaduais. As novas estruturas são parte de um plano de contingência contra a influenza, que fez aumentar em 429% o número de pacientes que buscam atendimento nas unidades de saúde.
A UPA de Marechal Hermes, na zona norte, foi a primeira a receber uma tenda. Nesta manhã, os primeiros moradores já receberam atendimento após uma triagem. Cada tenda terá dois consultórios médicos para atendimento exclusivo para pessoas com síndrome gripal.
A estrutura, semelhante a de hospitais de campanha, é a reedição do plano executado durante o surto de H1N1, em 2009, e nas epidemias de dengue, zika e chikungunya.
As UPAs da Tijuca, na zona norte, e de Botafogo, na zona sul, além do Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, também vão receber as tendas nos próximos dias. As estruturas deverão funcionar durante todo o mês de dezembro. Mas a data pode ser ampliada de acordo com a quantidade de atendimentos e com a circulação do vírus.
Segundo a secretaria, a média de pacientes que buscaram atendimento passou de 189 atendimentos por dia, no período de 16 a 21 de novembro, para 1.000 atendimentos por dia no período de 22 a 28 de novembro.
“Essa estrutura permite agilizar o atendimento desses pacientes e fazer uma triagem dos casos leves, que são a maioria. Assim, podemos dar maior atenção a casos mais graves. Acreditamos que esse processo vai diminuir o tempo de atendimento e as filas de espera nas UPAs”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Vacinação contra a gripe
O surto de gripe tem como epicentro a capital fluminense, que registrou um aumento de, aproximadamente, 40% no número de casos. O aumento se deve, de acordo com a Secretaria municipal de Saúde, à redução dos casos de Covid-19.
Apesar de ter permitido o controle do Coronavírus, isso abriu espaço para os vírus da Influenza, que deixou de circular durante os dois anos de pandemia.
Outro fator para o aumento do número de casos é a baixa cobertura vacinal contra a gripe, que teve a campanha, em abril, prejudicada pela contraindicação, na época, para a aplicação de doses da vacina contra a gripe simultaneamente com o imunizante contra a Covid-19.
Nesta sexta-feira (3/12), a cidade atingiu a cobertura de 60,6% dos grupos prioritários (crianças de até seis anos, idosos e gestantes).