Rio: garis da capital fluminense entram em greve nesta segunda (28/3)
Mesmo com a greve ter sido declarada ilegal pela Justiça e com possibilidade de multas, garis decidiram parar; 30% do efetivo segue nas ruas
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro — Os garis da cidade do Rio de Janeiro entraram em greve na manhã desta segunda-feira (28/3). A categoria responsável pela limpeza urbana do município pede reajuste salarial e melhoria no valor de benefícios, como o ticket refeição.
Desde 2019 sem aumentos salariais, os garis votaram e aprovaram, na última quarta-feira (23/3), a adoção da greve da categoria. Na sexta-feira (25/3), a juíza Edith Correa, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, concedeu decisão que declarava o movimento ilegal.
Mesmo diante da decisão desfavorável e da possibilidade da aplicação de multas, o sindicato manteve a posição e iniciou a greve na tarde desta segunda. Um efetivo de 30% continuará atuando nas ruas do Rio. A coleta de lixo é um serviço essencial e não será interrompida durante a paralisação dos garis.
Em nota, a Comlurb informou que montou um plano de contingência para evitar prejuízos à população do Rio de Janeiro e possibilitar a continuidade dos trabalhos em caso de greve ilegal de garis. A companhia, porém, pediu a colaboração da população neste período para manter a cidade limpa.
“A Comlurb lamenta mais uma vez a decisão precipitada do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de decretar greve”, diz.
Negociações
Na última tentativa de negociação, realizada nesta manhã, a Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) apresentou uma proposta de reajuste de 5% nos salários e no benefício de alimentação para os garis. A categoria recusou a proposta e deu início à greve.
O presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro, Manoel Martins Meireles, disse que a categoria busca melhorias. “Nós estamos em greve procurando uma melhora para todos nós. É uma falta de respeito, diante de uma inflação de 19,32% nos oferecerem um aumento de 5%”, disse em vídeo.
Reivindicações da categoria:
Reajuste de 25% nos salários;
Reajuste de 25% no tíquete alimentação;
Conclusão do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS), e
Implantação do Adicional de Insalubridade para os Agentes de Preparo de Alimentos (APAs).