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Rio é saqueado por confraria do crime há mais de uma década, afirma PF

Segundo a Polícia Federal, o grupo é responsável pela falência moral e financeira do estado

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CLEVER FELIX/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
JORGE PICCIANI É CONDUZINDO COERCITIVAMENTE PARA DEPOR NA PF, AO DESEMBARCAR NO RIO
1 de 1 JORGE PICCIANI É CONDUZINDO COERCITIVAMENTE PARA DEPOR NA PF, AO DESEMBARCAR NO RIO - Foto: CLEVER FELIX/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

O superintendente da Polícia Federal no Rio, Jairo Souza da Silva, disse que “não há um chefe mor, mas um comando horizontal da grande confraria do crime organizado do Rio”. A declaração foi dada durante coletiva na Polícia Federal, nesta terça-feira (14/11), sobre a operação Cadeia Velha, deflagrada para investigar os deputados estaduais Jorge Picciani (PMDB), Paulo Melo (PMDB) e Edson Albertassi (PMDB) e mais dez pessoas por corrupção e outros crimes envolvendo a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

“Esta organização foi mantida por membros do Executivo, do Legislativo e empresários, principalmente da construção civil e da Fetranspor. O Rio vem sendo saqueado por esse grupo há mais de uma década, resultando na falência moral e financeira do estado, nos salários atrasados do funcionalismo público, na polícia sucateada e na violência que nos agonia todos os dias. Essa confraria deve responder por todos os danos já causados ao Rio de Janeiro e a toda a população”, disse o superintendente.

Entre as prisões temporárias, está a de Felipe Picciani, o único filho adulto de Picciani que não tem foro privilegiado. Além disso, há seis detenções preventivas, outras três temporárias e buscas e apreensões nos endereços de 14 pessoas físicas e sete pessoas jurídicas. A condução coercitiva dos deputados foi ordenada como alternativa inicial à prisão deles. A ação desta terça é desdobramento da Lava Jato.

Segundo o MPF, na Operação Cadeia Velha, é apurado o uso da presidência e outros postos da Alerj para a prática de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Os parlamentares são alvos de mandados de condução coercitiva, a pedido do Núcleo Criminal de Combate à Corrupção do MPF na 2ª Região e decisão do desembargador federal Abel Gomes, relator dos processos da Força-tarefa Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 2ª Divisão (TRF2).

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