Rio de Janeiro lança plano de contingência para ondas de calor
Segundo a rede de saúde do Rio de Janeiro, entre 8 e 15 de novembro, o calor na capital provocou alta nos atendimentos
atualizado
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A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou, nesta segunda-feira (27/11), um plano de contingência para minimizar os impactos das ondas de calor. Entre as principais medidas estão a instalação de pontos de hidratação pela cidade, a distribuição de roupas, chinelos, água, isotônicos e protetor solar à população em situação de rua, além do fornecimento de orientações sobre como evitar doenças e acidentes durante o calorão.
Segundo a rede de saúde do Rio, entre 8 e 15 de novembro, as condições meteorológicas na capital provocaram alta nos atendimentos por doenças causadas ou agravadas pelo calor. Foram 1.121 notificações, o que representa alta de 51% em relação à semana anterior.
Os principais diagnósticos foram mal-estar, o qual somou 667 ocorrências no período, com pico de atendimento no dia 8 (166). A Vila Kennedy, bairro da Zona Oeste, teve o maior número de ocorrências desse tipo, 274, seguida por Madureira (56) e Rocha Miranda (45) — ambos bairros da Zona Norte. A Prefeitura do Rio também registrou atendimentos por fadiga, síncope, colapso, pressão baixa (hipotensão), edema e efeitos do calor e da luz.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, comemorou o anúncio do plano. Para ele, a implementeção dos pontos é uma das partes mais importantes da medida. No total, são 100 locais de hidratação oral e venosa presentes nos centros municipais e nas clínicas de família.
Se cuide!
É recomendável consumir ao menos 35ml de água por quilo (por exemplo, se uma pessoa tem massa de 60 quilos, deve ingerir 2 no mínimo dois litros). Além disso, é importante utlizar sofo fisiológico a fim de prevenir o ressecamento de narina.
Também é preciso atenção às parcela infantil e de idosos, os quais têm maior chance de sofrer os efeitos do calor. “[…] tivemos mais de 10 internações em crianças com sintomas de desidratação, cinco delas precisaram de internação hospitalar, uma situação crítica para elas e os idosos, que desidratam rápido”, ressaltou Soranz.
Ademais, cidadãos hipertensos, diabéticos ou com insuficiência cardíaca devem tomar cuidado. Por isso, é crucial ficarem atentos aos exames regulares e à medicação.
Uso de roupas leves pode ajudar a enfrentar o tempo desértico. Por isso, a prefeitura autorizou o uso de bermudas e bonés, em dias de calor intenso, para motoristas de ônibus, táxis, mini vans, kombis etc. e nos setores municipais.
Por fim, é imprescindível ficar alerta ao bem-estar dos pets. Se possível, evite levar os animais em passeios durante os períodos mais quentes, como entre 9h e 16h, já que o contato com o solo pode machucar o bicho. Caso mantenha as saídas, dê preferência a caminhadas internas e na grama. Se for transportar o bichinho em uma gaiola, certifique-se de que ela possui ventilação suficiente e evite colocar neles roupas que impeçam a troca de calor.
Contaminação por água
Além das altas temperaturas, o verão traz consigo uma alta quantidade de chuvas. Por isso, é fundamental ficar atento às doenças transmitidas pela água. Soranz conta que essa é outra preocupação, já que no período, a proliferação de mosquitos Aedes aegypti pode aumentar em até cinco vezes.
O período chuvoso também favorece doenças como hepatite A, leptospirose e intoxicações alimentares (este último devido ao descuido com a armazenagem de alimentos durante períodos de alta temperatura. Até o momento, no entanto, a prefeitura da cidade não anunciou plano para esse cenário.
Com informações da Agência Brasil