Revoada de bichos de luz chega mais cedo este ano. Entenda
Os bichos de luz chegaram antes do previsto em Belo Horizonte e surpreenderam moradores. Segundo especialista, insetos são alerta climático
atualizado
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Uma revoada de bichos atraídos pela luz tem incomodado moradores de Belo Horizonte (MG) desde a última semana. Os animais são, geralmente, encontrados no verão. A chegada inusitada desses insetos representa um alerta climático, já que o país enfrenta o inverno mais quente até então, com ondas de calor ao longo de toda a estação.
Os bichos de luz, também conhecidos como siriris ou aleluias, são cupins com asas que, durante a fase reprodutiva, realizam revoadas. Para que o processo de reprodução seja bem-sucedido, os insetos precisam que o clima esteja quente. Apesar de trazerem alguns transtornos por criarem ninho em móveis de madeira, os bichos não representam risco à saúde humana ou animal.
Com a temperatura acima da média na capital, os insetos adiaram o período de reprodução. “Essas ondas de calor aceleram o metabolismo dos bichos de luz e proporcionam a antecipação do processo reprodutivo, por isso estamos vendo um tanto deles. Ao mesmo tempo, o calor excessivo proporciona a perda das asas em outros, o que faz com que eles não se reproduzam e morram”, explica a bióloga e docente do Centro Universitário UniBH, Fernanda Raggi.
A capital mineira já completa 147 dias sem chuva, o segundo maior intervalo de estiagem desde 1961, e enfrenta uma onda de calor, com índices críticos de umidade – há 15 dias Belo Horizonte está em alerta laranja devido à baixa umidade do ar – , além de uma série de focos de incêndio.
Como combater os insetos?
De acordo com a bióloga, como esses insetos se guiam pela iluminação, fechar as janelas e apagar as luzes, para evitar que entrem em casa, e permitir que voltem a se orientar pela luz da lua são medidas importantes para o combate dos animais em casa.
“Mas, se entrarem, basta colocar uma bacia com água logo abaixo das lâmpadas, que logo cairão na água atraídos pelo reflexo da luz”, orienta. “Além disso, manter os móveis afastados da parede e limpá-los periodicamente pode prevenir a proliferação dessas colônias”, finaliza Raggi.
