“Revidei com tapa na cara”, diz Zé Trovão sobre agressão à ex-mulher
Depois da divulgação de um caso de violência doméstica pela imprensa, o deputado federal decidiu explicar a origem da história ao Metrópoles
atualizado
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No último fim de semana, após decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar que o deputado federal Zé Trovão (PL-SC) deve responder em primeira instância a um caso de violência doméstica, a imprensa não hesitou em publicar o caso.
Entretanto, ele afirma que a origem do processo foi imputada de forma equivocada à ex-noiva, Ana Rosa Schuster. O processo, na realidade, é de autoria da ex-mulher de Zé Trovão, Jéssica Veiga, ex-presidente do PL Mulher, em Joinville (SC), que pediu a prisão dele acusando-o de descumprir uma medida protetiva determinada pela Justiça em 2023, quando eles já estavam separados.
Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, Zé Trovão afirma que a denúncia da ex-mulher não tem relação com uma briga que o casal teve enquanto ainda estava legalmente em uma união estável, em 2021. Porém, ele relatou um momento específico em que os dois entraram em conflito físico.
“Eu também acabava bebendo um pouco. Aí, quando chegava em casa, a gente acabava entrando em guerra um com o outro. Em momentos, por exemplo, em que ela fazia coisas que não eram legais e eu acabava reagindo de uma maneira também que não era legal. Fisicamente, nós tivemos uma única vez que aconteceu. Foi um dia que ela pegou uma lata de Baygon, aquelas grandes, e deu no meu olho e eu acabei revidando com um tapa na cara”, disse o parlamentar. Jéssica Veiga foi procurada pelo Metrópoles, mas afirmou que não irá comentar o caso.
Zé Trovão afirma estar sendo alvo de perseguições intensas nos últimos meses, mas acredita em uma conclusão rápida e favorável do caso. Assista à entrevista completa para entender as imputações contra o deputado e as explicações dele sobre os casos que correm na Justiça.
Leia a transcrição completa da entrevista:
Metrópoles:
O Metrópoles entrevista hoje o deputado Zé Trovão. Ele que é deputado pelo PL de Santa Catarina. A gente vai falar hoje sobre Câmara dos Deputados, sobre carreira e também sobre repercussão além da carreira. Obrigada pela sua participação aqui com a gente, deputado. Muito obrigada por ter vindo até o Metrópoles.
Deputado:
Neila, eu que agradeço pelo convite. Eu acho que é importante esse contato entre o parlamentar e a imprensa. Isso é o que faz a gente prosperar. Mostrar para todo o público o que a gente está fazendo. Ai de nós se não fosse as redes sociais também para nos ajudar e jornais como o Metrópoles e outros que nos atendem, que nos procuram para falar sobre o nosso trabalho e, às vezes, esclarecer fatos que ficam com o ponto de interrogação.
Metrópoles:
Falando de mim como repórter, eu já te acompanho há bastante tempo, antes mesmo da política, mas vou começar agora pelo final. A última matéria, inclusive que o Metrópoles publicou, foi a respeito das eleições deste ano, de uma fala que você teria feito numa reunião em que você teria dito que o partido, que o PL estaria sendo vendido pro diabo. Qual é o contexto dessa fala? Como é que ela surgiu? O que você quis dizer com isso?
Deputado:
Bom, é assim, todos me conhecem muito bem pelo ímpeto que eu tenho de falar o que penso e não guardar segredo para ninguém. E isso já me levou a muitos processos e problemas. A verdade é que essa reunião foi uma reunião entre assessores, a minha equipe técnica e nós estávamos na conversa e um dos meus assessores, que inclusive hoje não faz parte do meu gabinete, estava gravando essa reunião sem a minha autorização, claro, e de uma forma criminosa. Naquele ímpeto de falar sobre tudo o que estava acontecendo, nós estávamos… Foi em julho do ano passado, aproximadamente. Nós estávamos falando sobre pessoas que estavam adentrando ao PL, camuflados de liberais, de pessoas que defendem as mesmas pautas que nós: Deus, pátria, família, Liberdade, mas que na verdade tem um passado promíscuo, passado voltado à esquerda, voltado ao partido, inclusive dos trabalhadores [o PT]. E a minha revolta era muito grande, porque eu sou cobrado pela minha base de pessoas que chegavam, me ligavam, dizendo assim: “Ô deputado, não vai fazer nada? Tem pessoas da esquerda entrando aqui na nossa base eleitoral e o senhor não vai fazer nada?”. Eu disse: “Olha, a gente não tem conhecimento de tudo, mas eu vou averiguar”. E no meio de toda essa confusão, numa reunião, eu disse: “Caramba, desse jeito nós não vamos fazer nem prefeito, nem vereador”. Mas quando eu digo não fazer nem prefeito, nem vereador, eu não estou falando que nós não vamos eleger pessoas. Nós não iríamos fazer prefeitos e vereadores que estavam pautados com a nossa mesma bandeira. E aí, eu disse, no ímpeto, estressado, que o PL está se vendendo pro diabo. Desse jeito a gente não pode permitir. A conversa, ela é muito profunda. Então tem coisas que eu não vou lembrar de como foi essa conversa. Mas eu estava expressando a indignação e digo ainda no vídeo: “Eu não aperto a mão de corrupto, eu não aperto a mão de bandido. E o Zé Trovão paz e amor acaba aqui, agora é sangue na cara, e petista vagabundo, e comunista, acabou”. E as pessoas que ouviram esse áudio viram essa clareza de quem sempre propagou essas palavras de uma maneira em todos os anos. Eu fui eleito por ter esses posicionamentos, por ser uma pessoa, às vezes, áspera nas minhas palavras. Às vezes erroneamente, mas a gente acaba falando o que pensa. A nossa transparência é isso. E aí criou todo esse cenário que as pessoas tentaram de alguma maneira pegar a figura do Zé Trovão e colocar como um cara sem postura ou uma pessoa contraditória ao PL. O PL sabe, o presidente Valdemar, o presidente Bolsonaro sabem claramente da minha fidelidade. Eu passei 51 dias numa cela de um presídio e 18 meses de tornozeleira por defender o meu país. E briguei muito na eleição de 2022, defendendo o governador do meu estado, que é um exemplo, o Jorginho Melo, defendendo muito nosso senador Jorge Seif, que as pessoas tentavam criar narrativas contra eles e eu era o único que peitava de frente, que batia de frente, inclusive criei caos com um dos amigos do presidente Bolsonaro, João Rodrigues, numa discussão profunda que eu tive com ele porque ele era opositor do nosso governador aqui no momento. Então, a minha posição com relação ao partido sempre foi muito íntegra. Eu defendo o partido, mas eu não defendo pessoas que queiram se camuflar dentro do nosso partido e fazer aquilo que eu não aceito. Bandido tem que ficar no partido de bandido e partido de bandido é lá na esquerda, PT, PSOL, Rede e os outros partidos. O PL é lugar de gente séria, pessoas que têm um compromisso com o nosso país.
Metrópoles
Mas, nesse áudio, você ainda deixa claro que o ideal seria que Bolsonaro saísse do PL para o Partido Novo, que seria o único partido que ainda não estaria corrompido e que Valdemar não teria culpa do partido estar sendo vendido para o diabo.
Deputado:
Exato, Valdemar. Eu disse, inclusive ontem, em uma das minhas entrevistas, eu disse: “O presidente Valdemar não consegue controlar o partido nacionalmente”. É muita gente, muitos lugares e muitos municípios. Nós temos mais de 5 mil municípios. São 26 estados, mais o Distrito Federal. Então, assim eu disse, o presidente Valdemar não consegue ver o que está acontecendo em todos os cantos. Quem enxerga isso somos nós. E quando eu falei sobre o Novo, foi num ímpeto de stress de dizer, e que realmente a gente não pode falar que o Partido Novo é um partido corrupto porque nunca teve um escândalo de corrupção. É um partido que veio com outras diretrizes. Mas eu não acredito. Não, não concordo. Eu mesmo não concordo com a minha fala.Não acho que o presidente tem que sair do PL. Eu acho que o PL tem que cuidar para que a gente não tenha pessoas de má índole e, aí sim, acabar estragando o legado do presidente Bolsonaro, que trouxe uma nova cara para o PL. Antigamente, para quem lembra, a logo do PL tinha uma partezinha vermelha que hoje é verde e amarelo, justamente para mostrar que o PL de outrora se transformou no PL do Bolsonaro. Hoje o presidente Bolsonaro é o grande homem do PL junto com o Valdemar, que acolheu o presidente Bolsonaro e que está honrando ele com todas as diretrizes que o nosso presidente indica.
Metrópoles:
Falando em Bolsonaro, a gente está vendo aí um bocado de depoimentos de militares contra o Bolsonaro nessa operação Tempus veritatis. A gente está perto de uma eleição agora em outubro. Bolsonaro é um grande líder do partido de vocês. Você acha, deputado, que isso pode atrapalhar o partido? E qual é a visão que você tem do PL nessas eleições de outubro?
Deputado:
Olha, primeiro que eu acho que esses militares que decidiram do nada, como alguns outros que foram presos, inclusive que disse que iam delatar tudo, eu acho que eles estão fazendo o jogo para assegurar os seus cargos dentro das Forças Armadas. Primeiro que esses militares não são exemplo para ninguém. Eu digo o seguinte: o único exemplo para mim das Forças Armadas estão ao lado do presidente Bolsonaro e o outro está preso, que é o Garnier [Almir Garnier], da Marinha. Os outros que se camuflaram novamente, que trocaram agora a decisão de prestar continência para o único homem que não tem corrupção e que tem coragem de prestar continência para um ex-condenado, para mim, não é exemplo. Então, sobre Forças Armadas, eu me resguardo ao direito de dizer: não tem capacidade de defender nem o nosso país, quanto mais entrar numa briga política. Tudo o que eles criarem agora serão narrativas. Agora, com relação às eleições municipais, o presidente Bolsonaro vai fazer história. Ele vai estar nas 26 capitais e mais Distrito Federal construindo eleições sólidas nas nossas prefeituras e vereanças. Além disso, o eco da voz dele, que é muito maior do que a presença. A presença do Bolsonaro é grande, mas o eco da voz dele é muito maior. Vai fazer prefeitos e vereadores por todo o país. Nós temos uma perspectiva de passar das 1000 prefeituras. Nós temos uma perspectiva de ter um exército de vereadores para que a gente possa, em 2026, entregar novamente a cadeira presidencial ou ao nosso presidente Jair Messias Bolsonaro ou a quem ele indicar. Essa é a nossa missão. A base eleitoral precisa ser construída nesse momento. Sem essa base, 2026 teremos tudo perdido.
Metrópoles:
A gente vem acompanhando o seu trabalho na Câmara dos Deputados e você é um parlamentar que vem tendo projetos de destaque dentro do Parlamento. A gente vem sempre noticiando isso aqui. Acontece que vários destaques que vem saindo na mídia, eles saem da política e vão para outro âmbito. Desde outubro, novembro do ano passado a gente vem divulgando, a grande mídia vem divulgando ataques a você como pessoa física e também como parlamentar, principalmente no que diz respeito à lei Maria da Penha. A última notícia que a gente viu foi no último sábado, de uma decisão do Supremo Tribunal Federal de mandar essa decisão específica para primeira instância, para que você seja julgado na primeira instância num caso em que a mídia divulgou como sendo da sua ex noiva, a Ana Rosa, mas que você acabou me dizendo que não era não. Então, a gente queria que você explicasse para a gente que a mídia acabou divulgando isso de forma errada.
Deputado:
É, o que acontece. Eu tive um problema com minha ex noiva, a gente passou por uma, por uma fase que teve aquela acusação da Maria da Penha e que isso hoje está completamente parado. Esse processo, até porque não tem como prosseguir um processo que não tem fatos. E eu tive um outro problema que eu não posso comentar porque está em segredo de Justiça, e que esse problema me trouxe até um pedido de prisão dentro do STF, por um embasamento, inclusive eu disse para você o que era naquele momento, inclusive através de uma mensagem de WhatsApp, completamente descabidos. Os horários eram completamente diferentes. Eu recebo às 18h10 da noite, um ofício do oficial de justiça que eu não poderia me comunicar com uma determinada pessoa. Só que eu tinha mandado uma mensagem às 05h20 da tarde questionando uma outra situação. A pessoa pegou essa mensagem achando que já porque isso que eu já estava quebrando a essa decisão que eu nem tinha conhecimento e mandou o advogado dela mandou para supra para o juiz pedindo a minha prisão, o juiz da primeira instância desse Santa Catarina encaminha para o STF, o STF nega por primeiro porque junto a minha defesa encaminhou todos os fatos que desmentiam uma narrativa criada por esta pessoa. E acabou que o STF devolve isso para a primeira instância. E aí todos os jornais creditam este problema à Ana Rosa Schuster, quando não é. A Ana Rosa não tem nada a ver com esse processo, inclusive o processo em que Ana Rosa e eu fazemos partes, ela como pessoa acusadora e eu como réu, está parado, literalmente parado. Ana Rosa provavelmente eu nunca mais tive contato, está tocando a vida dela e acabou. Eu acho que todos os fatos que foram apresentados de minha parte à justiça nesse processo foram suficientes para dizer: não tenho que tocar esse processo para frente, esse processo não tem cabimento nem sentido. Então, deixar muito claro aqui hoje que o processo que a mídia agora divulgou como sendo da Ana Rosa Schuster, minha ex-noiva, não tem nada a ver. É um outro processo que eu não posso divulgar porque está em segredo de justiça. Aí eu vou incorrer em crime.
Metrópoles:
Mas é um processo que trata de violência da mulher?
Deputado:
É um processo que trata não de violência da mulher. Ele trata de uma medida restritiva, solicitada por um motivo que nem eu sei até hoje. O que levou a esse pedido. Porque essa pessoa que entrou com esse processo, o nosso contato é bem superficial. Então se trata apenas de um menor e nada mais.
Metrópoles:
Mas qual o motivo que você entende que essa pessoa esteja querendo levar à tona todo esse processo?
Deputado:
Olha, eu vou te dizer o seguinte eu tô com um problema muito sério com essa pessoa, até por questões financeiras. Eu pago hoje mensalmente, descontado em folha 5.300 reais de pensão, desta pensão eu ainda pago mais uma outra parcela, que é o aluguel e o condomínio de um imóvel no centro de Joinville, que gera em torno de 4 mil, 4200, às vezes tem mês 4.500 reais, porque condomínio sempre tem aquelas diferença de água, de gás e tudo mais que totaliza quase 10 mil reais. Esta mesma pessoa queria que eu pagasse 5mil reais de pensão para ela, para a pessoa física de uma separação que já foi feita não legalmente há mais de um ano e que legalmente já tem alguns meses. E ela continua quis ter direito a mais recursos financeiros. Além disso, ainda pediu que eu pagasse 35% de pensão para o meu filho. Bom, aí entra um grande problema como que eu posso pagar 35% de pensão para o meu filho, sendo que eu já pago um valor acima de qualquer média nacional? Fora que eu pago legalmente, eu pago uma segunda parcela que eu tenho todos os comprovantes de pagamento e o contrato do imóvel está em meu nome, e é por isso que eu pago, porque se eu não pagar, ela não paga. E eu ainda vou ter que pagar mais 5 mil de pensão. Ela perdeu isso em todos os todos os processos e perdeu imediatamente de ofício para o juiz. O juiz entendeu de primeira instância que isso não tinha cabimento. Isso gerou uma revolta dentro dela, uma revolta por não estar conseguindo conquistar o seu objetivo financeiro. Mas eu entendo que essa essa revolta dela aconteça, até porque ela existe, uma outra revolta da parte dela, porque nós não fazemos mais parte do mesmo âmbito familiar, por nós termos nos separado. Eu quero ressaltar que eu sempre mantive uma relação de muito respeito e de muita amizade após a separação com esta pessoa. Por quê? Porque primeiro, eu tenho um filho com essa pessoa. Eu sou pai daquele que é o maior presente da minha vida, meu filho. Então a coisa fica muito desandada, a coisa fica muito, dispareio. A gente não consegue entender o que leva, se isso é só por recursos financeiros ou se existe alguma intenção política no meio. Entre várias acusações que eu venho sofrendo e que inclusive agora nós estamos hoje recolhendo toda uma documentação de alguns processos que eu acabei que eu vou ter que fazer tempo, tomar conta, fazer esses processos por conta de coisas que não existem, palavras que não existem, acusações que não existem.
Metrópoles:
Você acha que pode ter alguém por trás dessa pessoa?
Deputado:
Eu acredito que ela tem alguém e acredito que esse alguém, inclusive estava dentro do meu gabinete, que acabou gravando todas essas conversas, porque a gente sabe tudo o que está acontecendo, mas é uma pena que a gente não pode falar por não ter provas, por não estar com tudo ainda descrito. A gente já tem algumas provas, não todas. Eu estou e estou aos poucos coletando todas as provas para depois entrar com as ações cabíveis a cada um. Porque o que estão fazendo hoje, a injúria que estão fazendo hoje? É um crime querer acabar com a minha carreira política. Por qual motivo? Eu digo sempre a mãe do meu filho. E foi o que levou o meu noivado a acabar, foi o que levou o meu noivado a acabar. Foi a relação de amizade que eu tinha com a mãe do meu filho. Porque a minha ex-noiva não, ela não, não, não aceitava que essa relação fosse dessa maneira e a gente acabava entrando em confrontos por tudo isso.
Metrópoles:
Mas se existir essa relação amigável, por que então tanta raiva, tanto ódio? O que houve? Claro, a gente não quer entrar na intimidade da sua relação com a sua ex esposa, mas por que houve o fim dessa relação?
Deputado:
Olha a relação, ela acabou acontecendo. A gente teve muitos problemas no nosso casamento quando eu era caminhoneiro. A mãe do meu filho, ela passou por um problema muito sério com relação ao álcool. Eu estive ao lado dela em todos os momentos. A gente tentou de todas as maneiras que ela se tratasse. Ela buscou tratamento, depois parou de beber, começou a viver uma vida íntegra, uma vida… Ela largou o vício da bebida. Era realmente um problema com álcool. Só que os problemas que ela teve, mesmo eu buscando ajudá- la de alguma maneira, foi quebrando todo aquele sentimento de amor que eu tinha por conta de toda a situação que gerava aquela aqueles momentos de bebida, por exemplo. Às vezes a gente estava num churrasco de família e ela bebia demais, acabava ficando alterada. Eu também acabava bebendo um pouco. Aí quando chegava em casa, a gente acabava entrando em guerra um com o outro. Em momentos, por exemplo, em que ela fazia coisas que não, que não era legal e que eu acabava reagindo de uma maneira também, que não era legal.
Metrópoles:
Fisicamente?
Deputado:
Olha, fisicamente nós tivemos uma única vez. O que aconteceu foi que um dia ela pegou uma lata de Baygon, daquelas grandes e deu no meu olho e eu acabei revidando com um tapa na cara. Fisicamente foi a única vez que aconteceu isso me criou um arrependimento muito grande no meu coração, porque um dia ficará provado, inclusive no outro caso, que eu jamais agrediria uma mulher. Não tenho capacidade para isso, até porque você conhece o meu tamanho, sabe da minha força, não tem como eu agredir uma mulher e essa mulher não sair muito machucada.
Metrópoles:
Ela não te denunciou por conta desse tapa?
Deputado:
Não, não me denunciou. Até porque foi um momento em que os dois acabou agredindo um ao outro. A gente acabou agredindo. Eu era apenas um caminhoneiro, um desconhecido no mundo também. E aí no outro dia sentamos, conversamos. O que permeou toda a nossa relação foram várias ações minhas também erradas. Eu assumo cada erro que eu cometi com a mãe do meu filho. Eu assumo os erros, por exemplo, de quando eu acabei traindo a confiança dela e não só a confiança traindo a pessoa física dela. Eu estava na estrada, a gente tinha uma relação muito conturbada. Em alguns momentos eu fiz muitas cagadas também, então eu não culpo ela por tudo o que aconteceu. Eu acho que tanto eu quanto ela somos culpados pelo fim do nosso relacionamento. Eu cometi erros que eu olhando hoje eu jamais cometeria novamente. Por exemplo, quando eu traí a mãe do meu filho e ela descobriu a traição e ela me perdoou, aquilo ficou uma marca na nossa relação, isso acabou criando mais problemas futuros, porque ela acabou se tornando uma pessoa desconfiada. Ela não acreditava mais em mim e a coisa… eu compreendo. Eu também nunca mais acreditaria. E isso acabou levando a outras discussões. E essas discussões levaram a momentos ruins da nossa vida. Mas hoje Neila, eu não queria mais que isso tudo tivesse acontecendo. Hoje eu só queria ela como uma amiga, eu só queria ela como a mãe do meu filho. Eu estou há mais de um mês sem poder ver o meu filho, vai para dois meses que eu não consigo pegar o meu filho para ficar com ele, eu fiquei com ele final de final de ano, 40 dias que ele ficou de férias, ela ficou comigo. Nós tínhamos um acordo, inclusive judicial, com o meu advogado, advogado dela assinaram esse acordo onde eu pegaria ele em dezembro e devolveria ele só no final de janeiro. Cumpri conforme estava no documento e logo depois disso ela quis impor regras para que eu voltasse a ver meu filho pegando o meu filho, por exemplo, às 09h00 da manhã e entregando as 18h00. Só que isso causa um dano emocional no meu filho muito grande. Isso causa um dano no meu filho psicológico muito grande, porque toda vez que o meu filho está comigo, ele não quer voltar, porque ele tem pouco tempo comigo. Então, quando ele está comigo, ele quer ficar comigo, Ele quer aproveitar cada segundo. Meu filho e eu e ele, nós temos uma ligação tão grande, tão especial entre um e outro, que chega a ser assim, completamente fora do normal. O meu filho. Ele vibra na mesma energia que eu vibro e eu vibro na mesma energia que ele. Porque? Por que ele é todo o sonho que eu tive na minha vida. Se tem um sonho que eu tive na minha vida era ser pai e eu fui e tentei, inclusive nós, eu e a mãe do meu filho tentamos em 2022 reatar o nosso casamento no meio do ano de 2022.
Em julho nós ficamos acho que uns 40 dias, nós voltamos. Foi quando eu retirei ela lá da casa do pai dela, ela estava morando nos fundos da casa do pai dela, eu retirei ela dessa casa, levei ela para morar no apartamento, aluguei um apartamento mobiliado esse apartamento pra gente recomeçar a nossa vida, mas infelizmente o cristal da relação tinha acabado e eu não poderia negar a mãe do meu filho, de ser feliz novamente, de encontrar um homem que a completasse. E eu também não podia me negar naquele momento de viver isso. Por que? Porque naquele momento eu também estava apaixonado por outra pessoa que a gente tinha se separado e que eu ainda não tinha esquecido que eu não ia conseguir esquecer, porque existia um sentimento profundo entre eu e a minha ex- noiva. E então tudo isso gerou esse momento ruim e que é um momento que não era necessário para chegar a esse momento de ataques, ataques, por exemplo, nas redes sociais.
Metrópoles:
Eu ia dizer isso assim você me diz claramente algumas vezes que se sente muito atacado nos últimos tempos e a gente viu várias matérias mesmo falando sobre esse assunto. E é bom a gente destacar que é um segundo caso de agressão que vem imputando contra você.
Deputado:
Exatamente.
Metrópoles:
Então é muito importante que você explique para a gente que é um segundo caso de agressão, mas que é o segundo caso de agressão que tem uma justificativa.
Deputado:
Exato. Talvez se eu não tenho acesso a essa parte do processo, não tive, nem questionei meu advogado, ele que cuida disso. Mas se for isso é uma coisa lá de 2017, talvez seja 2017, 2017. Minto, meu filho nasceu em 2001, meu filho nasceu em 2021. Se for isso, foi alguma coisa de 2020, alguma coisa desse tipo, mas de um momento em que ambos viviam uma relação conturbada.
Metrópoles:
Mas você se arrepende?
Deputado:
Muito e jamais eu não quero expor a mãe do meu filho. Eu jamais vou aqui falar sobre o que nós vivemos no mais íntimo, no mais profundo, não vou fazer isso. A única coisa que eu posso dizer para vocês é que a mãe do meu filho, ela é uma pessoa que eu só quis o bem dela. Por exemplo, eu criei três filhos que não são meus. Ela não recebia 1 real de pensão do pai dos filhos dela. Na verdade, para ela receber esse dinheiro, anos depois que a gente estava junto, ela teve que entrar na justiça e mesmo assim foi um parto para um oficial de justiça conseguir entregar uma intimação para a pessoa.
Metrópoles:
Hoje você tem uma medida protetiva, você não pode chegar perto dela?
Deputado:
Não posso chegar perto dela, não posso me aproximar da casa dela e fica muito difícil, inclusive para que eu consiga ter acesso ao meu filho.
Metrópoles:
E ela usou essa agressão para ter essa medida protetiva?
Deputado:
Então eu não sei, mas eu acho que não, porque se ela fosse usar essa agressão, ela teria que falar a data que ocorreu a agressão, ela ia falar 2020, 2021, sei lá quando foi isso, eu não me lembro que foi uma cena ridícula, horrível entre nós, mas se ela fosse usar isso, ela ia ser negado para 2020, 2021… Não tem como aceitar mais. Já prescreveu o caso, a não ser que tenha alguma coisa agora. O que ela usou para essa medida protetiva, existe uma tal de ela numa parte lá do inquérito. Eu acho que deve ter alguma coisa que leva isso. Não sei, como está em segredo de justiça, mesmo que eu soubesse, eu não poderia falar. Mas eu realmente não sei. Meu advogado. Ele é muito sucinto comigo. Ele fala cara, tem problema demais, eu vou te passar o que é necessário sobre esse processo. Mas hoje o que eu vim realmente e queria deixar claro para você e para todos que vão assistir é que o Zé Trovão não é nenhum santo, o Zé Trovão não é ninguém perfeito, o Zé Trovão não é um herói que veste capa. Eu não sou herói de nada. Eu sou um brasileiro comum, igual a qualquer pai de família, igual qualquer ser humano que comete erros, que cometeu falhas, que tem uma vida pregressa, antes da política, mas que manteve sempre uma honestidade acima de tudo, um respeito acima de tudo. Se formos falar hoje sobre como você já me perguntou o que leva a mãe do teu filho a talvez querer criar todo esse dano na sua vida, eu acho que talvez seja uma uma tristeza por não estar vivendo esse momento ao meu lado. Não sei se é isso. Algumas pessoas me relatam de casos, por exemplo, que ela diz para pessoas na rua que inclusive eu maltratava os filhos dela. Eu disse, cara, mas por que fazer isso? Pra quê dizer essas coisas?
Metrópoles:
E é bom lembrar que ela também é do PL. Ela. Ela é uma peça importante lá em Joinville.
Deputado:
Na verdade não, não mais.
Metrópoles:
Não mais, mas foi.
Deputado:
Ela. Ela foi do PL, inclusive eu tive que pedir para que a direção do partido tomasse a atitude de retirar, porque eu disse olha, eu estou tendo um processo com uma pessoa que está dentro do PL, que era presidente do PL Mulher e eu não posso que isso continue assim. A gente não pode ter dentro do nosso partido, da direção do partido na minha cidade, uma pessoa que hoje eu tenho um processo judicial que eu não posso me aproximar dela. Como que eu faço pra ir num evento? Quem vai no evento? A presidente do PL ou o parlamentar do PL? A gente tem que…
Metrópoles:
Então ela deixou o partido por um pedido seu?
Deputado:
Ela deixou o partido por um pedido meu à direção. Eu expliquei o caso, eu não podia mais me aproximar dela. Como que seria um evento do PL, ela ia fazer o quê? Chamar a polícia para me prender? Olha, se aproximou de mim, Mas no evento do meu partido, quem tem hoje, dentro do partido autoridade legislativa sou eu. Então, se tem um evento, quem tem que estar lá sou eu. Então a gente acabou… o PL, inclusive, entendeu o consenso, o corpo jurídico do PL falou, eu realmente não tem como você ter uma medida protetiva, nós temos que retirar ela do PL e assim, nunca foi uma questão pessoal minha, muito pelo contrário, ela sempre fez parte, mesmo a gente separado, ela entrou como presidente do PL. Eu nunca me opus, nunca me opus. Não foi um pedido meu, não foi um pedido meu. Decidiram lá porque ela é muito amiga da esposa.
Metrópoles:
Da Michelle?
Deputado:
Da Michelle não. Não. Ela não é muito amiga da esposa do sargento Lima, que é deputado Estadual de Joinville. Então, como elas são muito amigas e estavam trabalhando e fazendo um trabalho pelo PL, eu não me opus àquilo. Mas chegou um momento que ficou insustentável aquela situação e hoje está se tornando uma coisa mais insustentável, porque essa guerra que está sendo criada e que ela pode falar o que for, vai fazer mal só para uma pessoa, não é para mim, é não é para ela, vai fazer mal pro meu filho, vai fazer mal para o Antônio, que tem dois anos e seis meses, vai fazer dois anos e sete meses agora, mês que vem e que não tem culpa alguma dos pais não terem mais uma relação de marido e mulher. Nós precisamos manter a relação de respeito. Eu sempre disse isso pra ela, inclusive eu sempre falei para as pessoas o seguinte: a Jéssica é a pessoa mais especial da minha vida, porque ela é mãe da pessoa mais especial da minha vida. Eu nunca vou querer o mal da Jéssica. O mundo pode se acabar hoje, o mundo pode fechar o tempo hoje, se eu precisar voltar a ser caminhoneiro hoje eu vou continuar trabalhando sem nenhuma restrição para dar o melhor para o meu filho. E quando eu falo meu filho também chega até o lar dela, porque tudo o que eu faço, eu não faço só para ela, eu faço, não faço só para ele, porque 5mil reais ele não come 5 mil reais por mês, de uma maneira ou de outra, está ajudando os irmãos dele a ter uma outra roupa, a um material escolar, uma alimentação para todos, um conforto. Eu disse para você ontem, eu gastei quase 30 mil reais só para mobiliar uma casa e dar um conforto para eles. Isso é mérito? Não. É obrigação. Obrigação de um pai. É entregar o melhor cenário dos mundos para o seu filho. E eu amo os filhos dela como se fossem meus filhos também. Eu jamais poderia, em qualquer momento da história, fazer nada diferente. Por exemplo, a minha ex noiva, ela tem dois filhos que eu amo de paixão. Uma é a Camila, que é uma menina já adulta, veterinária de excelente qualidade e o outro é um garoto, o Francisco. Eu tenho um amor tão grande por eles e por toda a família, pelos irmãos dela, pelas cunhadas, por todo mundo. Porque a gente acaba criando um elo de respeito, assim como pela Jéssica, a mãe do meu filho. Eu tenho uma relação com a família dela antes de conhecê- la. Por exemplo, o tio dela, que é irmão do pai dela, que infelizmente hoje é falecido, tio Zezinho, que eu considerava como um pai, que no dia que ele faleceu, saí daqui da Câmara numa terça feira que ele faleceu através de um acidente de trânsito. Foi o pior momento da minha vida, porque o considerava um pai e ele me acolheu em Santa Catarina. Então, antes de conhecer a Jéssica, eu tive o primeiro contato com a família dela. Antes de estar junto com a mãe do meu filho. Eu estava com a família do meu filho e hoje dói. Eu estou há meses, por exemplo, sem poder ver a pessoa que me acolheu dentro de casa, que é a tia dela, que eu chamo de mãe. Eu não posso ir lá por que? Porque uma medida protetiva disse que eu não posso estar próximo dela e nem dos familiares.
Metrópoles:
Deputado falando nisso, e para finalizar, o senhor tem medo que saia mais alguma coisa contra você? Eu falo porque a gente vem vendo pitadas e pílulas saindo aí na imprensa.
Deputado:
Posso te falar? Vai sair muito mais coisa. Eu tenho plena certeza que eles devem ter muitos áudios gravados, porque quem gravou uma, duas conversa gravou todas. Sabe o que me deixa tranquilo? Mostre todas, porque em nenhuma delas eu estou vendendo meu voto, em nenhuma delas eu estou fazendo acordo financeiro com ninguém. O que tem vai ser um cara que muitas vezes gritou dentro do gabinete e eu faço isso muitas das vezes, porque o dinheiro que é pago o salário de cada assessor meu é um dinheiro sagrado do imposto de cada cidadão brasileiro. E às vezes eu estou estressado e falo alto, brigo que é um erro, mas é meu ímpeto. Às vezes acontece. Vai me dizer que na direção de uma televisão ou de um programa como esse, o diretor às vezes não dá um, não dá um surto com todo mundo e berra com todo mundo porque está fazendo alguma coisa de errado. Acontece. Talvez eles vão ter mais um áudio falando alguma coisa de outra pessoa, de dizer como foi em outro momento. Eu não concordo com esse ou com aquele político. Eu acho que esse e esse político não merece estar nessa cadeira, por isso e por aquilo. Ou eles vão ter áudios meus falando que: Pô, vocês são tudo doido, maluco, estão fazendo merda.
Metrópoles:
Mas nada que vá te comprometer.
Deputado:
Então assim cria- se uma rusga. Cria. Cria se um problema? Cria. Mas eles apresentem um áudio aonde eu fui buscar uma mala de dinheiro. Apresente um áudio aonde eu fui entregar uma emenda e receber como é de costume de muitos parlamentares bandidos, os 10% de um prefeito. Isso a minha vida não permeia. Como eu disse no meu áudio, não aperto a mão de vagabundo, eu não faço acordo com vagabundo, eu não gosto, eu não gosto do PT, eu tenho nojo do PT, Eu tenho nojo da esquerda. Não das pessoas. Quem diz que odeia pessoas perdeu um princípio básico da vida que é amor ao próximo. Eu odeio a ideologia do PT. Eu tenho nojo dessa ideologia que destrói famílias, lares e conturba a cabeça das nossas crianças. O resto não. Eu torço todos os dias e oro todos os dias. Quando eu dobro o meu joelho, todas as vezes que eu dobro o meu joelho, eu falo Deus, coloque no coração de cada pessoa dessa o arrependimento para que a gente possa construir um país que realmente seja para os brasileiros.
Metrópoles:
Você está falando de PT e eu falei que estava terminando, mas eu vou aproveitar o gancho. Você tinha me revelado que pessoas dentro do próprio Supremo Tribunal Federal tinham te falado que querem muito te prejudicar, que estão buscando te prejudicar. Você acha que essas pessoas que querem te prejudicar são do PT?
Deputado:
A gente acredita que sim. Normalmente são essas pessoas. Eu tive, eu tive através de uma pessoa que disse para mim, olha deputado, realmente as pessoas têm uma gana contra você. Realmente as pessoas existem… existem dentro de algumas pessoas o ódio assíduo contra a sua pessoa, pelo que você representa, pela sua postura. Por exemplo, eu não vou fazer um vídeo falando bobagem lá xingando o Lula de qualquer maneira. Todas as vezes que eu bato na esquerda, eu bato com propriedade, eu bato com fatos, eu bato com dados, eu bato com números, como eu fiz agora há pouco na Câmara, falando sobre a palhaçada que querem fazer com os motoristas de aplicativo. Então, a porrada que eu dou ela tem dois pesos, ela tem o peso da pessoa pública que eu sou e ela tem o peso da verdade que eu carrego, dos fatos que eu entrego. Então, quando você junta essas duas coisas, você acaba criando um dissabor com pessoas que não sabem administrar o que é CPF, pessoa do político. Se eles estiverem tentando me derrubar politicamente, vamos tentar derrubar para ele perder o mandato dele. É um direito deles. Querem tentar me derrubar, tentaram agora. Mas nós ganhamos. Queriam tirar nossas cadeiras do coeficiente eleitoral, mas alguns, alguns iriam perder. Nós ganhamos esse processo. Ganhamos esse processo pelo pelo princípio básico da jurisprudência. Jurisprudência diz que nenhuma lei pode retroagir contra o réu. Ela pode retroagir só se for em benefício do réu. O que não for em benefício do réu. Ela pode ser para o próximo pleito, que foi o entendimento do ministro Barroso. Então é assim, querem tentar me derrubar? Entra numa fila que deve estar chegando em Santa Catarina agora, mas entra lá primeiro, com disposição, coragem, disposição, coragem e muita força, Porque do lado de cá vocês vão encontrar uma pedreira. Eu não trabalho com mentiras, eu não trabalho com enganação e muito menos vou desviar os meus passos daquilo que eu acredito. Enquanto eu respirar, enquanto tiver uma gota de sangue dentro do meu corpo, eu vou defender as bandeiras do meu país, que é Deus, Pátria, família e a nossa liberdade, e uma economia pujante. Nós precisamos transformar a economia deste país em algo verdadeiro, não para ficar atendendo esta classe que permeia Brasília, aqui no nosso, no nosso Plano Piloto, mas para ir lá dentro de Sobradinho, para entrar dentro das comunidades que permeiam o Distrito Federal, para aqui entrar dentro das comunidades que tem dentro de Santa Catarina, para entrar dentro as comunidades de São Paulo de todo Brasil e tirar o menos favorecido da pobreza e dar dignidade a ele. É isso que eu quero. Enquanto eu respirar, vai ser por isso que eu vou lutar e acabou.