Réus por matar e esconder corpo de adolescente em Goiás são soltos
Três pessoas foram presas em dezembro pela morte de Wanderson Chaves, de 17 anos; o corpo foi enterrado em uma cova de 8m de profundidade
atualizado
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Goiânia – O fazendeiro Hélio de Oliveira Gomes Júnior, de 35 anos, saiu da prisão pouco mais de um mês depois de ser preso, apontado pela polícia como o responsável por assassinar o adolescente Wanderson Chaves Leite, de 17 anos, conhecido como Magrão, em Palmeiras de Goiás, a cerca de 90 km da capital goiana.
Dois comparsas de Hélio, que teriam ajudado a esconder o corpo do adolescente, também foram soltos. São eles Dimar de Sousa Cruz e Carlos Caetano da Silva. Todos eles foram liberados nos últimos dias. Um quarto suspeito de participar do crime, Regimar Rodrigues de Sousa, não chegou a ser preso.
Os três suspeitos de matar Wanderson foram soltos por decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), após pedido de suas respectivas defesas. A existência dos alvarás de soltura foram confirmadas ao Metrópoles pela administração do sistema prisional de Goiás.
Wanderson ficou desaparecido por quase 40 dias. Moradores da cidade ficaram revoltados com a situação e chegaram a fazer protestos pedindo uma solução para o caso, durante o mês de novembro. Ele foi morto na madrugada de 25 de outubro e o corpo foi achado em 1º de dezembro.
A Polícia Civil investigou o sumiço do adolescente e, após pedido, conseguiu a prisão de três pessoas envolvidas. Eles foram presos em 28 de novembro. O fazendeiro Hélio de Oliveira foi solto em 11 de janeiro. Já Carlos e Dimar foram soltos em 15 e 17 do mesmo mês, respectivamente.
Crime na madrugada
O fazendeiro, responsável pelos tiros que mataram o adolescente, confessou o crime, mas alegou que agiu em legítima defesa, porque a vítima teria roubado seu celular.
Na noite do crime, os dois se encontraram em um bar, onde discutiram. O fazendeiro exibiu sua arma de fogo e até apontou para o adolescente, na frente dos clientes.
Mais tarde, na madrugada, os dois andaram juntos na cidade, na caminhonete do fazendeiro, que dava tiros para cima. Em seguida, foram para um galpão, onde teria ocorrido uma discussão por causa de um celular e o assassinato.