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Reunião de Lula e Campos Neto foi “construção de relação”, diz Haddad

Presidente Lula e Campos Neto, do Banco Central, se reuniram pela primeira vez desde a posse nesta quarta (27/9) no Palácio do Planalto

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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad faz declaração à imprensa no escritório do Ministério da Fazenda, na Avenida Paulista - metrópoles
1 de 1 Ministro da Fazenda, Fernando Haddad faz declaração à imprensa no escritório do Ministério da Fazenda, na Avenida Paulista - metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Após uma série de críticas à gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central (BC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o titular da autoridade monetária pela primeira vez, nesta quarta-feira (27/9), no Palácio do Planalto.

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que participou da reunião, o encontro de cerca de 1h20 entre Lula e Campos Neto foi “de construção de relação”, e terminou com um acordo para futuras conversas periódicas.

“Eu penso que foi um encontro institucional, de construção de relação, de pactuação em torno de conversas periódicas, foi excelente”, declarou Haddad.

O ministro falou também que há a expectativa para novas reuniões, e que o encontro não tratou de um assunto específico, como a questão da taxa básica de juros. “O presidente deixou claro o respeito que tem pela instituição, a reciprocidade muito boa, foi uma conversa realmente de alto nível”, destacou.

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Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central
Especialmente a respeito das decisões do Copom sobre a taxa básica de juros, a Selic
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Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central

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Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Especialmente a respeito das decisões do Copom sobre a taxa básica de juros, a Selic

Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central baixou a taxa básica de juros da economia duas vezes nas últimas duas reuniões, nas primeiras quedas em três anos, levando a Selic para 12,75% ao ano. Até então, Lula criticou fortemente Campos Neto, que foi colocado no cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Duras críticas

Um dos comentários negativos ocorreu no início de setembro, quando o petista disse que não tinha diálogo com o presidente do BC. Segundo Lula, o canal de diálogo com a Presidência da República foi interrompido em 2021, com a aprovação da autonomia da autoridade monetária.

“O Banco Central agora é autônomo, não tem mais interferência da Presidência da República, que podia chamar o presidente do BC e conversar. Esse cidadão, se ele conversa com alguém, não é comigo. Ele deve conversar com quem indicou, e quem o indicou não fez coisas boas neste país. A sociedade brasileira vai descobrir com o tempo”, discursou Lula, em 1º de setembro.

Em junho, quando a taxa Selic foi mantida inalterada, para desgosto do governo, Lula disparou contra Campos Neto dizendo que ele jogava contra os interesses da nação.

“Não se trata de o governo brigar com o Banco Central. Quem está brigando com o Banco Central é a sociedade brasileira”, declarou Lula, em coletiva de imprensa durante viagem à Itália. “É irracional o que está acontecendo no Brasil”, seguiu ele, à época.

Lula e Campos Neto chegaram a conversar pessoalmente, mas, em dezembro do ano passado, antes de o petista assumir a Presidência da República.

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