Réu por morte de jovem em Goiás detalha crime: mata-leão e facadas
O réu Jeferson Cavalcante assumiu ter participado do assassinato de Ariane Bárbara, mas disse que agiu sob ameaça de adolescente
atualizado
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Outro envolvido no assassinato de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, 18 anos, em Goiânia, confessou, durante júri popular, ter participado do crime. Durante o interrogatório, Jeferson Cavalcante Rodrigues admitiu ter participado do crime e deu detalhes: explicou que a jovem foi enforcada com mata-leão por uma das envolvidas dentro do carro e que ela foi morta com uso de facas. Ele também disse que ficou responsável por dirigir o carro em que a vítima foi morta e ter vigiado enquanto o corpo era escondido em uma área de mata.
Mais cedo, também nesta terça-feira (29/8), Raissa Nunes confessou participação no crime e pediu perdão à mãe de Ariane Bárbara. O crime ocorreu em 2021 e chocou pela motivação torpe: as investigações apontaram que os jovens participavam de um plano para Raissa testar se era “psicopata”.
Durante a oitiva, Jeferson confessou que deu de presente a Raissa e à adolescente as facas utilizadas para matar Ariane Bárbara. Ele disse que, à época, foi ameaçado de morte pela adolescente caso não participasse do crime e que agiu sob seu comando.
A investigação apontou que Raissa Nunes, Jeferson Cavalcante, uma adolescente e Enzo Jacomini Carneiro Matos, conhecido como Freya, executaram o assassinato.
Relembre o caso
O assassinato teria sido cometido em 24 de agosto de 2021 para testar a psicopatia de Raíssa Nunes Borges, à época com 19 anos. Jeferson, Raíssa e Enzo, e ainda uma adolescente envolvida no caso, conheciam Ariane de uma pista pública de skate.
Ariane foi atraída por eles ao ser convidada para tomar um lanche. Ela chegou a enviar uma mensagem de áudio para a mãe, avisando que sairia com as amigas. Pelo tom da fala, ela aparentava estar alegre e animada para o compromisso, conforme descreve o delegado que investigou o caso.
Os acusados a buscaram de carro e, assim que ela entrou no veículo, deram início ao plano de assassinato. Ariane foi selecionada por ter porte físico franzino e ser incapaz de oferecer resistência.
Ariane foi colocada no banco de trás do carro, entre a adolescente e Raíssa. Jeferson passou a dirigir pela cidade e, em determinado momento, colocou para tocar uma música e estalou os dedos, sinais combinados previamente como indicativos para o início da execução.
A vítima foi estrangulada e desmaiou. Em seguida, foi esfaqueada pelas jovens. O grupo colocou o corpo no porta-malas do carro, que estava forrado com plástico, e o levou para área de mata no Setor Jaó, onde foi coberto com terra e pedras.
O corpo de Ariane foi encontrado em 31 de agosto, sete dias após ela ser considerada desaparecida.
Outra condenação
Em 13 de março, o júri condenou Enzo Jacomini Carneiro Matos, conhecido como Freya, a 15 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato e ocultação do corpo de Ariane.
A denúncia apresentada à Justiça também apontava o crime de corrupção de menores, mas ele foi absolvido dessa acusação. A condenação é de 14 anos pelo homicídio e de 1 ano pelo crime de ocultação de cadáver.
Os jurados consideraram que o crime foi praticado por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima.