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Retrospectiva 2019: ano de tragédias que chocaram um país inteiro

Rompimento da barragem de Brumadinho, massacre em escola de Suzano e mortos pela polícia em um baile funk foram tristes destaques

atualizado

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1 de 1 Tragédias1 - Foto: Arte/Metrópoles

Definitivamente, não foi um ano fácil. Não obstante a polarização política que tomou conta do país, chegando a episódios de violência explícita em vários casos, contabilizamos 365 dias em que foram registradas perdas e tragédias sem precedentes — no Brasil e lá fora.

O ano começou com aquele que, se não é o mais grave desastre ambiental da história provocado por vazamento de minério, trata-se, certamente, do acidente desta natureza que envolveu o maior número de perdas humanas. Afinal, o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da empresa Vale, deixou o macabro saldo de 259 mortos, sendo que 11 corpos ainda não foram localizados.

Além disso, um incêndio no centro de treinamento Ninho do Urubu do Flamengo, no Rio de Janeiro, matou 10 adolescentes das categorias de base do clube e deixou três feridos. Em Suzano, no interior de São Paulo, outra tragédia que chocou todo o país: dois adolescentes invadiram uma escola, mataram a tiros cinco alunos e funcionários para então cometerem suicídio.

Em dezembro, uma desastrada perseguição policial com troca de tiros durante um baile funk na favela Paraisópolis, em São Paulo, acabou com nove pessoas mortas, a maioria por asfixia e trauma na coluna, e sete feridos.

Relembre os momentos mais trágicos do ano de 2019:

Janeiro, 25:
O rompimento da barragem 1 da mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, no município de Brumadinho(MG), deixou um saldo de 259 mortes. O Brasil assistiu aterrorizado à onda de lama e resíduos de minérios que arrastou tudo o que havia pela frente, de edifícios, veículos, vegetação até praticamente todas as instalações da mina e os funcionários. Quase um anos depois, ainda há 11 pessoas desaparecidas.

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Fevereiro, 08:
Dez pessoas morreram e quatro ficaram feridas em um incêndio de grandes proporções no Centro de Treinamento Ninho do Urubu, do Flamengo, em Vargem Grande, no Rio de Janeiro. As chamas começaram por volta das 5h. A maioria dos mortos era de adolescentes jogadores da base do time carioca, entre 14 e 17 anos. O alojamento, onde ficavam atletas da base cujas famílias moravam longe ou fora do Rio de Janeiro, foi totalmente destruído pelas chamas.

Março, 13:
Em Suzano, a 50 km de São Paulo, dois atiradores entraram em uma escola e dispararam contra alunos e funcionários. Cinco estudantes, uma diretora e uma coordenadora da escola foram assassinados pelos ex-alunos Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25.

Obedecendo a um pacto de morte, ambos se suicidaram assim que a PM chegou à instituição de ensino. Antes, Guilherme já havia matado o tio, Jorge Antônio de Moraes, 51 anos, alvejado no escritório da loja de veículos dele.

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Março, 15:
Ao menos 50 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas em ataques a tiros a duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia. O atentado, classificado pelas autoridades locais como terrorista, foi o pior da história do país.

A polícia deteve três homens e uma mulher. Um dos atiradores transmitiu ao vivo pelo Facebook, durante 17 minutos, o massacre em uma das mesquitas, a de Al Noor, depois de publicar um “manifesto” em que classificou imigrantes como “invasores”. Assista ao vídeo (cenas fortes):

 

Abril, 15:
A Catedral de Notre-Dame, em Paris, foi tomada por um incêndio e uma das torres do edifício chegou a desabar devido à intensidade das labaredas de fogo. Segundo jornais locais, as chamas começaram em um andaime e se espalharam pelo sótão do edifício. Vídeos demonstraram, inclusive, o momento que uma torre desabou por causa das chamas:

Maio, 21:
No município de Paracatu, no noroeste de Minas Gerais, um homem invadiu uma igreja evangélica, onde fez vários disparos com arma de fogo e deixou três mortos. O autor do ataque foi identificado como Rudson Aragão Guimarães, ex-militar da Aeronáutica, que já havia assassinado a ex-esposa com um golpe de faca no pescoço.

Setembro, 12:
Um incêndio atingiu o Hospital Badim, na rua São Francisco Xavier, no Maracanã (zona norte do Rio de Janeiro). Os bombeiros confirmaram que 12 pessoas morreram. Ao todo, 103 pacientes estavam internados na unidade no momento do incêndio.

Segundo o que funcionários relataram à polícia e publicações nas redes sociais, o incêndio teria começado por volta das 18h15 em um prédio antigo onde funcionava o setor de laboratórios do hospital.

Setembro, 20:
A menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, morreu após ser baleada no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Ela estava em uma kombi lotação com a avó quando foi atingida nas costas por um tiro de fuzil. De acordo com moradores, policiais militares faziam uma operação na região e atiraram contra uma moto que passava no local.

Outubro, 15:
Novo mortos e sete feridos foi o saldo do desabamento de um prédio residencial de sete andares no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza (CE). O edifício ficava em área nobre da cidade, na divisa entre as ruas Tibúrcio Cavalcante e Tomás Acioli. Moradores que sobreviveram à queda afirmaram que o prédio estava em obras.

Outubro, 21:
Uma aeronave caiu por volta das 8h10 da manhã em Belo Horizonte (MG). O acidente ocorreu próximo ao Aeroporto Carlos Prates, na região noroeste da capital mineira, na rua Minerva. Havia, no avião, quatro tripulantes. Todos morreram. Três pessoas que estavam em solo ficaram feridas.

Dezembro, 1º:
Uma perseguição policial com troca de tiros durante um baile funk em Paraisópolis, zona sul de São Paulo, deixou nove pessoas mortas após serem pisoteadas. Outras sete ficaram feridas. Segundo a polícia, os militares realizavam a Operação Pancadão na região, quando dois homens em uma motocicleta atiraram contra os PMS. Após os disparos, a moto fugiu para o baile funk.

Com isso, os agentes começaram a perseguir os suspeitos, que entraram na festa que reunia cerca de cinco mil pessoas. Os jovens foram pisoteados e a maioria morreu por asfixia e trauma na medula. Um vídeo gravado de uma casa da região mostra a movimentação da polícia e também a correria das pessoas que estavam na noitada. Veja:

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