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Responsáveis por fraude em 9 mil seguros-desemprego são presos em SP

Segundo investigadores da Polícia Federal, os investigados sacaram mais de R$ 9 milhões.

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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Dois investigados foram presos em flagrante nesta quinta-feira (20/9), no âmbito da Operação Mendacium, deflagrada pela Polícia Federal (PF), que mira supostas fraudes do seguro-desemprego. Segundo a PF, os suspeitos foram detidos em um escritório de contabilidade no bairro da Penha, na zona leste de São Paulo, por possuírem consigo mais de 1.600 documentos falsos ou em branco, como espelhos de RG e Carteiras de Trabalho. Os supostos esquemas teriam gerado saques de R$ 9 milhões em benefícios fraudulentos.

A ação contou com o apoio do Ministério do Trabalho e da Caixa Econômica Federal.

“O inquérito policial iniciou-se em Presidente Prudente/SP em outubro de 2017, quando um trabalhador desempregado procurou a PF para relatar que não havia conseguido retirar seu seguro-desemprego porque alguém já o havia recebido. Ao longo das investigações, verificou-se que o grupo agia majoritariamente na cidade de São Paulo. Cerca de 300 empresas fictícias foram criadas pelos investigados para possibilitar o recebimento de mais de 9.000 benefícios de seguro-desemprego fraudulentos. Segundo os autos, mais de R$ 9 milhões já foram sacados”, afirma a Polícia Federal, por meio de nota.

De acordo com a PF, em um “escritório em São Paulo, no bairro de Penha de França, duas pessoas foram presas em flagrante. No local foram apreendidos, entre outros materiais, 800 carteiras de trabalho em branco, 800 espelhos de RG de diferentes estados do Brasil, também em branco, que seriam preenchidos pelo grupo criminoso”.

“Também foram apreendidos R$ 472 mil em espécie, apetrechos para falsificação de documentos e documentos falsos já preenchidos”, diz a corporação.

A Polícia Federal afirma que vai voltar os trabalhos “para identificar os beneficiários dos benefícios, seu envolvimento com o grupo investigado e também a origem dos documentos apreendidos, se são verdadeiros – desviados de instituições legítimas, ou falsos”.

“Os presos foram encaminhados ao sistema prisional estadual, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal. Eles responderão pelos crimes de estelionato, organização criminosa e corrupção ativa”, relata a PF, por meio de nota.

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