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Resolução do caso Marielle é reparação para comunidade negra, diz ministra

Há cinco anos sem solução, o caso Marielle voltou às manchetes no começo da semana, após delação premiada feita por um dos acusados

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A ministra da Cultura, Margareth Menezes, disse nesta terça-feira (25/7), Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, que a resolução dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, será uma “reparação” para a sociedade negra e periférica, a quem a parlamentar representava.

Há cinco anos sem solução, o caso voltou às manchetes no começo desta semana, após o vazamento de delação premiada feita por um dos acusados. O ex-policial militar Élcio de Queiroz deu novos detalhes que serão cruciais para o desenrolar da investigação.

“A morte de Marielle foi um apagamento para o que ela estava buscando e para o que ela significava para a população negra naquele lugar. O eco do que veio depois, nós estamos vendo. Tentaram calar, mas o pensamento dela ultrapassou a coisa física. Essa justiça de contar a história dela e fazer com que as pessoas reconheçam o porquê e quem, é necessário para essa reparação”, disse a ministra da Cultura.

“Isso acontece em tantos lugares, com pessoas que não tem tanta visibilidade, por isso que exite uma necessidade de resposta pra esse crime, porque sinaliza uma virada de pensamento e ação. Essa maneira de tentar calar as vozes que se colocam a dispor da luta antirracista é uma prática da sociedade brasileira. É como se a vida humana das pessoas negras não tivesse importância”, completou a titular da pasta.

A fala foi feita durante um café da manhã com jornalistas negras, promovido pelo Ministério da Cultura. Nesta terça-feira (25/7), Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha.

Assassinato de Marielle e Anderson

A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram, na manhã de segunda-feira (24/7), a Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva contra o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, e sete mandados de busca e apreensão, na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e região metropolitana.

Maxwell Correa foi expulso pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em maio do ano passado, após ser condenado por atrapalhar as investigações sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.

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