“Repugnante e cruel”, diz juiz sobre atitude da mãe que matou filhas
Mulher confessou ter matado filhas com afogamento, choque e faca. Ela foi presa, e magistrado comentou caso em decisão que mantém a prisão
atualizado
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O juiz de direito Hermes Pereira Vidigal chamou de “extrema crueldade e gravidade” o assassinato de duas irmãs de 6 e 10 anos, praticado pela própria mãe. Ele ainda definiu a forma como se deu o crime como “fria, repugnante e cruel”. O caso aconteceu em Edéia, no sul de Goiás, na última terça-feira (27/9).
Izadora Alves de Faria, de 30 anos, confessou ter matado as duas filhas Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 10. O pai encontrou as crianças mortas. A mãe teria matado as meninas após sessões de afogamento, eletrochoques, e golpes de faca no peito.
Após ser presa em um matagal, na noite do dia do crime, Izadora passou por uma audiência de custódia na quarta-feira (28/9), na qual o juiz manteve a sua prisão, passando de flagrante para preventiva. No texto da decisão, o magistrado dimensionou os crimes em palavras.
“Deve se ter em mente que os crimes de homicídio qualificado imputado à representada apresentam-se revestidos de extrema crueldade e gravidade, evidenciando uma potencialidade criminosa perigosa para manutenção da paz social, bem assim causou grande comoção na população desta Comarca”, escreveu o juiz em trecho da decisão.
Extremamente grave
O assassinato das crianças teria acontecido em um contexto de brigas entre Izadora e seu marido, o pai das meninas. As duas irmãs foram encontradas mortas em um colchão na garagem da casa em que moravam.
“Vale ressaltar, ainda, que a conduta da autuada é extremamente grave, vez que, em tese, ela, por causa de um suposto relacionamento abusivo de seu companheiro, resolveu tirar a vida das próprias filhas, de forma fria, repugnante e cruel, eis que confessa ter envenenado as crianças, afogadas e eletrocutando-as e, por fim, para certificar que ambas morreriam, desferiu um golpe de faca no peito de cada uma delas. O que evidencia sua periculosidade”, escreveu o magistrado.
A perícia encontrou manchas de sangue no banheiro e analisou uma caixa d’água cheia no chão, que pode ter sido usada no crime. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Goiás.