Republicanos oficializa Motta candidato à sucessão de Lira nesta 3ª
Reunião para oficializar candidatura foi marcada na sede nacional do partido para às 11h30 de terça-feira (29/10), em Brasília (DF)
atualizado
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O partido Republicanos vai oficializar a candidatura do deputado Hugo Motta (PB) à presidência da Câmara nesta terça-feira (29/10), às 11h30 (horário de Brasília), na sede do partido, na capital federal. A legenda tem 44 deputados.
O evento deve reunir diferentes autoridades e toda a bancada do partido. Motta é o candidato que tem o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para sucedê-lo. Nesta semana, o deputado paraibano começa a se reunir com as bancadas partidárias em busca de apoio.
Lira escolheu Motta como candidato à sucessão que receberá seu apoio por enxergá-lo como nome capaz de atrair maior consenso entre as diferentes alas da Câmara. Há ainda dois outros candidatos na disputa: Elmar Nascimento (União Brasil-BA), antes favorito e que foi preterido por Lira, e Antonio Brito (PSD-BA).
Elmar e Brito se aliaram para fazer oposição ao candidato do presidente da Câmara e buscam votos para enfraquecer Motta.
Como mostrou o Metrópoles, Lira ainda avalia qual meio utilizar e quando deve formalizar publicamente seu apoio ao líder do Republicanos na Câmara. O presidente da Câmara anunciou em setembro para líderes partidários que seu candidato é Motta.
Candidatura de consenso cada vez mais distante
Na semana passada, Lira voltou a afirmar que acredita na possibilidade da construção de um nome de consenso na Câmara, mas que, se isso não se ocorrer, a maioria que vencer será respeitada.
“Nós vamos chegar, eu penso, num entendimento. Se não chegar, vamos ter o que é salutar na política, a maioria vence e a maioria vai ser respeitada”, declarou.
Aliados de Elmar e Brito sempre trataram a ideia de candidatura única como uma “utopia” de Lira. Com a proximidade da eleição da Mesa Diretora e nenhum recuo dos candidatos, a possibilidade de um entendimento fica cada vez mais remoto.
Um dos exemplos de como a divisão afeta os trabalhos da Câmara e exemplifica a dificuldade de um consenso é a reunião de líderes, evento tradicional nas semanas em que há sessões, que não tem sido realizada.