Reprodução simulada do caso Kathlen Romeu é marcada para 14 de julho
“Justiça é o mínimo que se espera”, disse Jaqueline Oliveira, mãe de Kathlen, em depoimento ao Ministério Público nesta terça-feira (29/6)
atualizado
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Rio de Janeiro – A Delegacia de Homicídios marcou para 14 de julho a reprodução simulada da morte de Kathlen Romeu. A jovem designer, de 24 anos, foi morta com um tiro de fuzil no tórax no dia 8 de julho, na comunidade do Lins, na zona norte do Rio.
A avó de Kathlen, Sayonara Fátima, foi convocada para acompanhar a ação que auxiliará a identificar o autor do disparo que matou a jovem.
Na manhã desta terça-feira (29/6), os pais e a avó de Kathlen foram ouvidos pelo promotor Alexandre Murilo Graça, que atua no procedimento de investigação da Delegacia de Homicídios.
Ao prestar depoimento no Ministério Público, os familiares se mostraram confiantes. “A única esperança que tenho é que o Estado me ajude a fazer Justiça. A Justiça é o mínimo que se espera”, afirmou Jaqueline Oliveira, mãe de Kathlen.
Nesta tarde, os parentes de Kathlen serão ouvidos pelo Ministério Público, que atua junto à auditoria da Justiça Militar. Neste caso, são apurados crimes militares em investigação independente da polícia civil. Há informações de que os policiais fizeram um esconderijo na casa de um morador para cercar os criminosos. Invasão de domicílio é considerada crime militar.
Vinte e uma armas de militares, sendo 12 fuzis, foram apreendidas para saber se o tiro que atingiu Kathlen partiu de uma delas. Dois militares admitiram que efetuaram sete disparos. No total, doze PMs participaram da ação, e eles foram afastados das ruas pela Polícia Militar.
A família está sendo acompanhada por membros da comissão de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). De acordo com o procurador Rodrigo Mondego, que assiste os familiares da jovem, a reprodução simulada, na qual Sayonara participará, será fundamental para identificar o autor do crime.