Representantes do Brasil e de outros 7 países reativam Parlamento Amazônico
O senador brasileiro Nelsinho Trad (PSD-MS) foi eleito presidente do colegiado
atualizado
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Após cerca de oito anos, parlamentares e representantes do Brasil e de outros sete países da América do Sul reativaram, nesta segunda-feira (21/12), o Parlamento Amazônico (Parlamaz). O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) foi eleito presidente do Conselho Diretor.
O Parlamaz é um órgão regional, formado por representantes do Parlamento dos seguintes países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Criado em abril de 1989, o parlamento busca criar políticas de cooperação para desenvolvimento sustentável da região amazônica e proteção da floresta.
“Devemos fazer prevalecer nossos territórios devidamente constituídos pela Amazônia e nossa soberania. Esperamos que o Parlamento Amazônico tenha esse papel de fortalecer a representação democrática e promover a integração da Amazônia e de seus habitantes. Entendemos a importância do bioma para a economia mundial, mas não aceitamos delegar a titularidade sobre as políticas a serem adotadas”, disse o congressista.
Trad é o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal. Além dele, outros parlamentares brasileiros que compõem o colegiado são os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Plínio Valério (PSDB-AM), Paulo Rocha (PT-PA) e Telmário Motta (Pros-RR); e os deputados Marcelo Ramos (PL-AM), Leo Moraes (Podemos-RO), Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e José Ricardo (PT-AM).
Desmatamento
A área desmatada na Amazônia entre agosto de 2019 e julho de 2020 foi de 11.088 km2, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe). Esse número representa aumento de 9,5% em relação à taxa de desmatamento apurada entre agosto de 2018 e julho de 2019, que foi de 10.129 km².
As queimadas no Amazonas registraram recorde em 2020. Dados do Inpe mostraram 15,7 mil focos ativos em outubro, enquanto em 2005 o acumulado de todo o ano foi de 15.644 casos.
A falta de cuidado do governo brasileiro com a região é tema recorrente de críticas de governos estrangeiros.