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Representante da ONU visita casa de saúde Yanomami em Boa Vista (RR)

Assessora especial para Prevenção do Genocídio, Alice Wairimu Nderitu também se reuniu com representantes indígenas Yanomami

atualizado

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Júnior Hekurari Yanomami/Reprodução
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1 de 1 alice wairimu nderitu yanomami onu - Foto: Júnior Hekurari Yanomami/Reprodução

A sub-secretária-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e assessora especial para Prevenção do Genocídio, Alice Wairimu Nderitu, esteve em Boa Vista (RR) no último sábado (6/5). Ela visitou a Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami e ouviu lideranças indígenas e equipes de saúde.

Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), relatou que a representante da ONU se reuniu com a diretoria da Urihi Associação Yanomami e Hutukara Associação Yanomami. Alice Wairimu Nderitu também se encontrou com o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), e com o prefeito da capital, Arthur Henrique Machado (MDB).

“As lideranças Yanomami relataram à violação dos direitos que a população vivência, assim como, o descaso e abandono durante os quatros anos do governo Bolsonaro que incentivou a mineração ilegal dentro da Terra Indígena Yanomami e fomentou o discurso de ódio contra a população. O resultado foi catastrófico, com um agravo no índice de mortalidade infantil por causas tratáveis, bem como, doenças infecciosas e violência sexual contra as mulheres Yanomami”, escreveu Júnior Hekurari.


De acordo com a ONU, esta é a primeira visita oficial de Alice Nderitu ao Brasil. A viagem tem foco na situação dos povos indígenas, afrodescendentes e grupos e comunidades vulneráveis.

Conforme informou a ONU Brasil, ela se reúne com “altos funcionários e representantes do governo, representantes de organizações da sociedade civil e representantes de comunidades indígenas e minorias em todo o país, assim como membros da comunidade internacional, para entender melhor os recentes acontecimentos no país”.

Ao fim da visita, na próxima sexta-feira (12/5), ela concede coletiva de imprensa virtual do Rio de Janeiro (RJ).

Em menos de duas semanas, 17 mortes já foram registradas na Terra Indígena Yanomami. Os conflitos em região de garimpo ilegal se acirraram. No fim de janeiro, o governo federal decretou estado de Emergência em Saúde de Importância Nacional (Espin) no território após técnicos do Ministério da Sáude encontraram oito crianças Yanomamis desnutridas.

Desde então, operações para retirar o garimpo ilegal da região se intensificaram, junto a presença de equipes de saúde.

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