Renan Filho, ministro do MDB, sai em defesa de Haddad: “Está certo”
Renan Filho, dos Transportes, até agora foi o único a fazer manifestação pública de apoio a Haddad, criticado até por alas do PT
atualizado
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Apesar de fustigado por uma ala do governo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recebeu nesta quinta-feira (13/6) a manifestação pública de apoio do ministro dos Transportes, o emedebista Renan Filho.
Nas redes sociais, o filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL) tem defendido “arduamente” o caminho do equilíbrio fiscal e está “certo”.
Em demonstração de apoio à permanência de Haddad no cargo, ele pontuou ainda que “não é momento de mudar de rumo”.
Veja defesa de Renan Filho a Haddad:
Equilíbrio fiscal é o caminho para crescer com sustentabilidade, gerar empregos e elevar a renda dos trabalhadores. @Haddad_Fernando tem defendido arduamente esse caminho e está certo.
Para equilibrar as finanças há três caminhos: aumentar receita, reduzir despesas ou fazer as…
— Renan Filho (@RenanFilho_) June 13, 2024
Já o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), foi às redes sociais para destacar o “compromisso” do presidente Lula com o Marco Fiscal, a nova regra de controle dos gastos públicos.
“O Brasil é um país de absoluta responsabilidade fiscal e de compromisso com a questão fiscal. De outro lado, temos controle absoluto da inflação”, escreveu Alckmin.
E concluiu, sem mencionar Haddad: “Tivemos momento importante com a queda da inflação, do Risco Brasil e uma importante queda do desemprego. Com isso, melhorou a renda dos brasileiros. É a maior renda desde o plano Real”.
Nós fomos, no ano passado, o segundo receptor de investimentos no mundo. A aprovação da reforma tributária desonera investimentos.
— Geraldo Alckmin 🇧🇷 (@geraldoalckmin) June 13, 2024
Revés de Haddad
Em semana ruim para o governo, Haddad sofreu um revés ao ver parte da medida provisória (MP) do PIS/Cofins devolvida pelo Congresso Nacional.
O trecho sugeria a limitação dos créditos do PIS/Cofins para garantir aos cofres públicos até R$ 29,2 bilhões, valor um pouco acima do necessário para compensar a renúncia estimada com a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos de setores econômicos e pequenos municípios.
Agora, o Congresso estuda um novo caminho para cumprir as regras fiscais e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a desoneração da folha de pagamento.
“Não existe mágica para ampliar receita e reduzir despesas. O nervosismo, pessimismo e especulação colocados estão acima do necessário. Novas medidas, já em discussão, trarão resultados sólidos, rápidos e, se o cenário econômico internacional colaborar, ainda mais robustos. É preciso união e elaboração política coletiva em busca do equilíbrio fiscal para a construção de uma agenda de desenvolvimento econômico e social que seja sustentável”, completou o colega de Haddad na Esplanada, Renan Filho.
Na quarta-feira (12/6), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, mandou uma indireta para o ministro Haddad, ao compartilhar um texto do jornalista Leonardo Sakamoto, no qual ele critica a ideia de limitar os gastos em saúde, educação e benefícios previdenciários, estudada pela equipe econômica.
A ala de Gleisi é crítica ao trabalho do atual titular da Fazenda e se une a ministros como o chefe da Casa Civil, Rui Costa, que trava com Haddad uma disputa por mais verbas para investimentos.