1 de 1 Imagem colorida mostra visão de bairros afundando Maceió por conta da mineração da Braskem - Metrópoles
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Maceió tremeu no início desta semana na região da capital alagoana onde cinco bairros foram evacuados devido ao afundamento do solo. Tremores de terra fazem parte da rotina da cidade ao menos desde 2018 e são uma consequência do colapso de minas de sal-gema exploradas pela petroquímica Braskem, que tem a Petrobras como sócia-controladora.
Os mais recentes tremores dão combustível ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) para aumentar a pressão para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem.
“Estamos, em várias frentes, cobrando a responsabilização da empresa Braskem pelo maior crime ambiental urbano do mundo. Venho apelando, inclusive, em caráter humanitário. São mais de 200 mil vítimas de uma exploração mineral irracional e irresponsável que, literalmente, afundou vários bairros em Maceió, está se alastrando para outros bairros e agora o pânico dos abalos sísmicos”, alega Renan.
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Bairros afundados em Maceió
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Desastre da Braskem em Maceió (AL)
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Terreno afundou em Maceió (AL) por causa da mineração de sal-gema
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Famílias perderam casas após afundamento de áreas
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Atividades paralisadas
A Braskem realiza uma operação de longo prazo para preencher as minas de sal-gema com areia, numa tentativa de parar o movimento do solo que fez com que mais de 50 mil pessoas deixassem suas casas. Por causa dos tremores da última segunda-feira (6/11), a empresa interrompeu os trabalhos momentaneamente.
A empresa, por meio de nota enviada à Gazetaweb, parceiro do Metrópoles, alegou que os abalos sísmicos ocorreram próximo ao antigo Hospital José Lopes, onde há “uma rede de monitoramento robusta, uma das mais modernas do país, capaz de detectar movimentos de baixa intensidade em profundidade e superfície.”
Além disso, a mineradora salientou que os movimentos detectados no solo foram de baixa magnitude e não alteraram a rotina da região.
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