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Remédios vencidos são doados para central de medicamentos no RS

No Centro de Triagem, que funciona na Associação Médica do estado em Porto Alegre (RS), voluntários separam material para descarte

atualizado

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Lara Ely/especial para o Metrópoles
Centro de doação de medicamentos em Porto Alegre
1 de 1 Centro de doação de medicamentos em Porto Alegre - Foto: Lara Ely/especial para o Metrópoles

Porto Alegre – Com diversos centros de distribuição de medicamentos impactados pelas enchentes, uma farmácia solidária foi montada na Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), em Porto Alegre (RS). O ponto estratégico fica próximo à base aérea montada pelo Exército, escoando facilmente entregas para o Interior por meio de helicópteros. Segundo a secretaria da saúde de Porto Alegre, parte das doações remédios chega ao local vencida.

O alerta vem do secretário de Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter. Durante uma live realizada em 29 de maio sobre a catástrofe do Rio Grande do Sul, o responsável pela pasta lastimou que empresas do setor farmacêutico tivessem aproveitando o momento de crise para destinar produtos sem validade ou perto de vencer. Ele se refere a uma carga de pelo menos 2 mil litros com medicamentos vencidos e em desuso.

“A indústria farmacêutica nos ajudou muito, mas achou que éramos depósitos de remédios vencidos”, disse o secretário de Saúde da capital gaúcha, na reunião. Posteriormente, ele reafirmou a denúncia.

“É muito triste que empresas façam o uso de logística reversa para não pagar imposto, e isso resulte em doações de medicamentos vencidos num momento tão difícil que vive o estado. A Amrigs se disponibilizou para receber as doações e, agora, precisou despender de tempo para o descarte dessa carga”, disse ao Metrópoles, explicando que as empresas pagam para fazer a logística reversa e, com as doações, o custo de destinação recai para o município de Porto Alegre.

Visitada pela reportagem na tarde de sexta-feira (31/5), a associação médica informou que esse incidente aconteceu mais no início das doações, mas que representa menos de 1% dos itens de farmácia doados. Até o momento, a Associação Médica do Rio Grande do Sul estima que mais de 15 toneladas foram recebidas.

De acordo com a entidade, antitérmicos, antigripais, xaropes, antibióticos e remédios para piolho são os itens de doação mais frequentes.

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Voluntários fazem a triagem dos medicamentos
Caixa com remédios no centro de doações em Porto Alegre
Notícias falsas relatam bloqueio de donativos no RS; Ramagem critica "censura"
Enchente no RS
Lixo em Porto Alegre após novas chuvas
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Caixa com remédios no centro de doações em Porto Alegre

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Produtos haviam sido apreendidos em operações da secretaria

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VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

Triados por voluntários da área de saúde, os produtos chegam de diversas cidades ou estados e passam por uma rigorosa análise antes de serem destinados. Farmacêutica responsável pela triagem dos medicamentos, Priscila Moroto explica que um time de quase 50 voluntários com conhecimento técnico analisa aspectos como integridade e prazo de validade antes de destinar a medicação.

“Os que vencem até dezembro de 2024 já são colocados para utilização. Temos conseguido com muita eficiência fazer esse manejo e evitar perdas”, explica a farmacêutica.

Priscila afirma que a associação se mobilizou de forma inédita, junto ao Conselho de Farmácia do Rio Grande do Sul, para prestar o atendimento, promovendo parcerias com convênios médicos e entidades que fazem os tratamentos chegarem a quem precisa. Ela ressalta ainda que parte dos medicamentos tem sido destinada ao uso com animais.

Funcionando mediante o trabalho de voluntários, o espaço fica aberto de segunda a sábado e presta suporte tanto para as Secretarias Municipal e Estadual quanto a demais serviços de saúde, mediante solicitação.

Os pedidos podem ser feitos pelo telefone de contato (51) 98098-8565.

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