Religiosos protestam na Esplanada contra decisão do STF sobre cultos
Por volta das 9h, o grupo, intitulado Marcha da Família, se reuniu no Museu da República
atualizado
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Na manhã deste domingo (11/4), um grupo de manifestantes contrários à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu aos estados, municípios e ao Distrito Federal suspender cultos religiosos se reuniu em frente ao Museu Nacional da República. Por volta das 10h, o movimento começou a se deslocar em carreata e a pé, seguindo um carro de som. Segundo a reportagem do Metrópoles, cerca de 300 pessoas participam do protesto – a Polícia Militar do DF não faz balanços do número de presentes.
Às 12h, após caminhar até o Congresso Nacional, o grupo começou a dispersar, debaixo de um forte sol em Brasília. De acordo com a PMDF, a manifestação ocorreu com tranquilidade.
O movimento ocupou as seis faixas do Eixo Monumental, no sentido Museu da República – Praça dos Três Poderes, onde fica o prédio do STF. Entre críticas ao posicionamento do Supremo, orações e mensagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o grupo também tocou o shofar, uma espécie de berrante, objeto usado por algumas religiões evangélicas.
Em frente ao Congresso Nacional, os manifestantes leram uma carta aberta à nação. Utilizando passagens bíblicas, o texto fez críticas àqueles que “desrespeitam o povo brasileiro”.
Intitulado Marcha da Família, o grupo tem como principal pauta a permissão para que igrejas possam ficar abertas, mesmo durante a vigência de decretos de estados e municípios para o combate à pandemia de Covid-19.
No Distrito Federal, igrejas e templos religiosos seguem abertos. Os locais, porém, precisam atender a protocolos sanitários, como uso de máscaras, distanciamento e disponibilização de álcool em gel.
O grupo, que se articulou pelas redes sociais e reúne cristãos evangélicos e católicos, fará manifestações em diversas capitais brasileiras, como São Paulo, Goiânia e Rio de Janeiro.
Concentração
Por volta das 9h, deste domingo, deu-se início ao protesto contra a decisão do STF que permite aos governadores e prefeitos a suspensão de cultos religiosos. Mesmo debaixo do forte sol, cerca de 40 pessoas se reuniam logo no começo da manifestação com blusas da seleção brasileira e mensagens de apoio ao mandatário do país. A concentração ocorreu no Museu Nacional da República.
Às 10h, o movimento aumentou, chegando a cerca de 250 pessoas. O grupo, antes de sair em carreata e caminhada, fez leituras de passagens bíblicas e se dedicou a momentos de preces. Um carro de som, com manifestantes, pastores e líderes religiosos, puxava as orações e divulgava mensagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O Hino Nacional também foi exaltado.
Os manifestantes portavam bandeiras de Israel. Algumas pessoas usavam máscaras e outras, no entanto, circulavam sem o equipamento de proteção. Hinos e louvores eram executados pelos sons automotivos.
Mesmo antes do início da carreata, a Polícia Militar do DF, por meio do Batalhão de Trânsito (BpTran), usou cavaletes para interromper o trânsito nas vias S1 e N1 da Esplanada dos Ministérios (nos dois sentidos).