Morte após coma: relembre luta do pequeno Arthur que se afogou em GO
Arthur Rodrigues, de 6 anos, morreu no domingo (3/3). Ele sofreu um acidente por submersão na casa onde a mãe trabalhava em Iporá (GO)
atualizado
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Goiânia – O menino Arthur Rodrigues Miranda, 6 anos, morreu no último domingo (3/3) após ficar mais de dois anos em coma, desde que se afogou em uma piscina na cidade de Iporá (GO).
A família do menino mantinha um perfil nas redes sociais, onde compartilhava a rotina de tratamentos do menino, além de vaquinhas virtuais para as despesas de saúde da criança. A morte do garoto foi informada por meio da internet: “Nosso Arthurzinho descansou. Ele foi encontrar com Deus”, disse uma amiga da família.
Afogamento de Arthur
No dia 2 de julho de 2021, aos 3 anos, Arthur sofreu um acidente por submersão. Na ocasião, a mãe da criança, Kárita Rodrigues, o levou para a casa onde trabalhava como empregada doméstica por não ter com quem deixá-lo.
Enquanto lavava a área da frente da residência com uma máquina de pressão, a funcionária deixou Arthur brincando de carrinho, na sala, com o patrão. Em seguida, a mãe sentiu falta do menino.
“Perguntei ao meu patrão onde estava Arthur, e ele disse que meu filho estava brincando com os cachorrinhos na cozinha. Fui atrás, e não o achei. Olhei para a piscina, aos fundos, e o Arthur estava boiando. Corri, pulei o pilar, puxei ele, mas já estava espumando a boca e o nariz. Na hora em que o vi desse jeito, gritei muito”, contou Kárita em entrevista ao Metrópoles, em janeiro de 2022.
De acordo com a estimativa de médicos, o menino ficou submerso por cerca de 15 minutos.
Arthur foi reanimado em uma unidade de pronto atendimento (UPA) em Iporá e levado, de helicóptero, para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia.
O afogamento, no entanto, causou no menino uma lesão cerebral grave, que resultou em um estado de coma. Além disso, ele desenvolveu uma síndrome rara na pele, chamada de Stevens-Johnson. Essa doença causou ainda mais complicações, com bolhas e irritações na pele, bem como outros sintomas que parecem com uma gripe.
Tratamentos
A família do pequeno se mudou para a capital goiana para dar seguimento aos tratamentos de saúde. Como mostrado pela família nas redes sociais, o menino fazia acompanhamento com fisioterapeutas respiratórios, motores, sessões de estimulação cerebral, além de sessões de oxigenoterapia.
Em uma publicação em agosto de 2023, a família de Arthur chegou a comemorar avanços do menino que conseguiu levantar o braço, após muito tempo desacordado.
Apoio e solidariedade
Após a morte do menino, também pelas redes sociais, seguidores manifestaram pesar pelo falecimento de Arthur. “Pra quem acompanhou a história dele é como se perdesse um parente, um sobrinho, um primo, um filho, é muito dolorido, hoje você volta a correr, a pular, a falar, hoje você volta a ser um criança linda nos braços do Pai. Que Deus console o coração de cada familiar e amigo”, disse uma internauta.
“Não tô acreditando 😢😢😢 rezei tanto por ele, pela recuperação, cada vitória, ajudei nas vaquinhas, tinha tanta esperança, meu coração está em pedaços 😢😢😢 que Deus conforte o coração de todos, Arthurzinho descansou”, disse outra seguidora.
“Own pequeno Artur 😢 acompanhei tão bem a tua história, tinha tanta esperança que fosses acordar os teus pais fizeram de tudo 🥺 vai na paz meu anjo 🤍🕊️”, reforçou outra.