metropoles.com

Relatório que pede cassação do mandato de Gabriel Monteiro é aprovado

Conselho de Ética aprovou por unanimidade o relatório de Chico Alencar; votação em plenário será na terça-feira (16/8)

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Aline Massuca/ Metropoles
Gabriel Monteiro é visto no plenário da Câmara de Vereadores do Rio após o Conselho de Ética da Câmara 2
1 de 1 Gabriel Monteiro é visto no plenário da Câmara de Vereadores do Rio após o Conselho de Ética da Câmara 2 - Foto: Aline Massuca/ Metropoles

O Conselho de Ética da Câmara do Rio Janeiro, composto por sete vereadores, aprovou por unanimidade, nesta quinta-feira (11/8), o relatório final do vereador Chico Alencar (PSol). O documento pede a cassação do mandato do vereador Gabriel Monteiro (PL) por falta de decoro.

O ex-policial militar e youtuber é investigado pelas acusações de estupro, assédio e por criar vídeos falsos na internet. Para o relator do caso, a decisão aconteceu em um dia simbólico para o país, de enaltecimento da democracia.

“O dia de hoje é simbólico porque não é mais meu relatório, mas do Conselho de Ética da Câmara, e acontece em um dia simbólico para a democracia. Um parlamentar tem o dever elementar de se comportar com elevação moral dentro e fora da casa. Ninguém tem a intenção de perseguir um colega”, disse.

Votação no Plenário

O processo de Gabriel Monteiro segue para o plenário e está previsto para ser votado na terça-feira (16/8).  A votação será aberta e os parlamentares, assim como a defesa do ex-policial, terão o direito a fala. São 50 vereadores que podem votar, já que Carlos Bolsonaro (Republicanos) pediu licença do cargo para tratar de assuntos particulares.

Para a cassação do mandato, será necessário 34 votos, enquanto para aprovar a suspensão é preciso formar a maioria absoluta, ou seja, 26 votos.

O relatório cita que os atos praticados por Monteiro “são inquestionavelmente graves” e que o “exercício de mandato público é respeito à dignidade, sobretudo dos mais vulneráveis, e não postura de manipulação, arrogância e mandonismo”.

Além disso, Chico Alencar afirma no texto que os fatos narrados nas denúncias como edição e manipulação de vídeos e violações do Estatuto da Criança e Adolescente, que incluem crimes sexuais, agressões e intimidações são os motivos para a cassação do mandato de Monteiro.

Arquivamento do processo

Em sua defesa, Monteiro afirmou ser alvo de uma peça acusatória, e não de um relatório. Ele criticou que novas acusações foram anexadas ao processo pelo relator, e que elas não faziam parte da denúncia e por isso não poderiam ser utilizadas para fundamentar a pena do acusado.

Após a votação do Conselho de Ética, o Chico Alencar também falou sobre as alegações finais de Monteiro.

“A votação se deu analisando ponto a ponto das alegações finais do vereador. A primeira delas e que gostaria de explicar aqui é que o que foi entregue não foi um relatório, mas um parecer com o relato do que aconteceu, com contextualização e os fatos laterais importantes”, declarou.

Em seguida, disse que o ponto uma das denúncias mais graves contra o ex-policial foi a de ter filmado sexo com uma menina que, na época, tinha 15 anos.

“É um fato altamente atentatório à prática parlamentar. Além da humilhação comprovada a um morador de rua, a orientação para uma menor falar de acordo com o que o editor, no caso o próprio vereador, pedia para um canal monetizado. É uma cena de figura pública que a democracia não comporta”, concluiu.

Justiça

No final de junho, o MPRJ também denunciou o vereador por importunação sexual e assédio sexual. A Justiça, no dia 5 de julho, aceitou a denúncia e o vereador investigado se tornou réu neste processo.

Gabriel Monteiro já tinha sido acusado por ex-funcionários de assédio moral e sexual, agressões físicas, publicação de vídeos falsos. Além disso, foi acusado de ter filmado relações sexuais com uma adolescente.

No caso mais recente, a investigação apura os possíveis crimes de assédio sexual e importunação sexual contra a ex-assessora, Luiza Caroline Bezerra Batista, de 26 anos.

De acordo com a promotora Lenita Machado Tedesco, a ex-assessora afirmou ter sido constantemente constrangida a participar de vídeos modificados e não podia reclamar, pois era ameaçada de demissão.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?