Relatório do Exército diz que PM do Rio de Janeiro está sucateada
O diagnóstico aponta que a tropa da PM está “desequipada, desmotivada, desencantada”, sendo levada diariamente a confrontos desiguais
atualizado
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Na fase de formação de um diagnóstico da situação, o grupo de trabalho que monta a estrutura da intervenção federal no Rio, sob comando do General Walter Braga Netto, está processando “com grande atenção” os dados referentes ao sucateamento da Policia Militar. Um oficial do Exército disse ao Estado nesta quarta-feira (21/2) que a crise atinge profundamente o moral da tropa, “desequipada, desmotivada, desencantada e levada todos os dias ao confronto desigual com um inimigo difuso”.
Para o militar, que atua desde 2017 com a PM do Rio nas atividades de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), apenas “uma profunda reestruturação da instituição poderá alterar esse quadro a médio prazo”. Também não há dinheiro. No orçamento de 2018, a dotação prevista pelo governo do Estado para a PM estacionou em R$ 500 milhões.
A frota de viaturas, estimada em 6,8 mil unidades, está reduzida a pouco mais de 3 mil veículos de todos os tipos rodando em condições precárias, muitas vezes graças a reparos pagos, por exemplo, por comerciantes de áreas de maior risco – interessados em manter as rondas preventivas. Faltam armas, munições e os sistemas de comunicações funcionam precariamente, o que leva ao uso dos telefones pessoais durante as atividades rotineiras.
A organização dá prioridade no uso do equipamento disponível às operações de grande porte, como as ações do Bope, o batalhão especializado, nas comunidades dominadas pelo crime organizado e bem armado.