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Relatório do Coaf aponta depósito de Mauro Cid a ourives de GO em 2022

Joalheiro alegou que não conhece Cid e que alguém pode ter pedido o depósito em nome dele; ourives tem banca em camelódromo

atualizado

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Agência Brasil/Reprodução
imagem colorida mauro cid e hipercamelodromo goiania
1 de 1 imagem colorida mauro cid e hipercamelodromo goiania - Foto: Agência Brasil/Reprodução

Goiânia – Relatório de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro, aponta uma transferência bancária envolvendo o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente coronel Mauro Cid e um ourives de Goiânia.

O documento, obtido pelo jornal O Globo, destaca que a transação foi feita em 2022, no entanto, a data não é precisa. O valor depositado ao militar foi uma parcela única de R$ 20.520, por Heitor Garcia Cunha.

Heitor Garcia Cunha é dono de uma barraca, especializada na venda de aparelhos eletrônicos no Hipercamelódromo OK, na capital goiana. Ele também trabalha em uma joalheria.

Procurado, o homem informou ao jornal que não conhece Cid. “Eu nem conheço essa pessoa. Pode ser que, em algum negócio que eu tenha feito, me passaram os dados dele para que fazer o depósito. (…) Ontem, eu vi o nome da pessoa na imprensa e relacionei ao depósito”, disse ele.

“Eu sou um comerciante. É movimentação normal minha. Sou joalheiro também”, argumentou o homem, que disse ter “caído de paraquedas” na história.

O ourives teve o sigilo quebrado a pedido da CPMI de 8 de janeiro, que recebeu os relatórios de inteligência financeira de Cunha e Mauro Cid.

Investigação sobre Mauro Cid

A defesa de Mauro Cid não se pronunciou sobre o caso. O ex-ajudante de ordens é investigado pela Polícia Federal (PF) sob a suspeita de desviar joias e relógios recebidos pela Presidência da República em viagens oficiais. O pagamento por esses objetos, que deveriam ter ficado no acervo da União, teria servido para o “enriquecimento ilícito” do grupo investigado, segundo a PF.

Cid está preso preventivamente desde maio no âmbito de outro inquérito que o investiga por supostas fraudes no cartão de vacinação dele, de Bolsonaro e de seus respectivos familiares.

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