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Relatório da ONU aponta que Maranhão lidera o combate à Covid no país

Estado do Maranhão foi o que menos perdeu pontuação no IDH durante a pandemia da Covid e lidera ranking de baixa mortalidade pela doença

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1 de 1 Foto colorida mostra homem exibindo máscara de proteção facial - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metropoles

O Maranhão se destacou como o estado que menos perdeu pontuação no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) durante a pandemia, segundo análise dos dados do relatório Construir caminhos, pactuando novos horizontes, lançado na manhã desta terça-feira (28/5) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

“Foi nos estados do Nordeste que menos pessoas morreram. Portanto, a expectativa na região diminui menos do que nos demais estados da federação”, explicou Betina Barbosa, coordenadora da Unidade de Desenvolvimento Humano no Pnud no Brasil.

“Se a taxa de mortalidade da Covid no Brasil tivesse sido a taxa de mortalidade do estado do Maranhão, menos 300 mil brasileiros teriam morrido”, revelou Betina.

De acordo com a coordenadora, os dados revelam um paradoxo, já que a região Nordeste apresentava menor nível de desenvolvimento em 2019. “Havia estudos do Pnud global que diziam que lugares mais vulneráveis, com menos nível de preparo, seriam os mais afetados pela pandemia. Não foi o identificado no Brasil. Aqui, os estados com os níveis de IDH mais baixos são os estados que menos perderam em seu IDH final”, avaliou.

Rio de Janeiro, Mato Grosso, Roraima, Distrito Federal e Paraná lideram as taxas de mortalidade por Covid no país.

“Esses dados nos preocuparam. O Rio de Janeiro lidera a taxa de mortalidade no Brasil pela doença, seguido dos estados de Mato Grosso, Rondônia, Distrito Federal e Paraná. Chama atenção que até a 11ª posição nós temos três estados de padrão de alto desenvolvimento humano. Em tese, eles teriam as melhores condições para aplicar políticas públicas de combate a uma crise de estatura da pandemia, mas não foi esse o resultado que nós tivemos quando comparamos as taxas. A taxa de mortalidade no Maranhão é cerca de um terço (em relação) à do Rio de Janeiro”, disse Barbosa.

O que o Maranhão fez que os outros estados não fizeram?

A explicação para essa disparidade, segundo Betina Barbosa, está na capacidade da governança de um estado mobilizar e aplicar políticas públicas em resposta à crise, ou seja, a qualidade da gestão de crise.

“O que o Maranhão fez foi ter lançado 487 medidas estaduais de combate à Covid. Essa nos parece ser a evidência maior encontrada na correlação entre o resultado da taca de mortalidade pelo vírus e combate à propagação da doença”, analisou a coordenadora.

“Boa governança, liderança e conceito de cidadania”, resumiu o presidente do Pnud no Brasil, Claudio Providas, também presente na apresentação do relatório.

Todos os dados usados na pesquisa são provenientes do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS), e por outras instituições como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Conselho Nacional dos Secretários de Administração (CONSAD).

“A política faz diferença. A política pública faz diferença e a tomada de decisão por parte dos governantes também faz a diferença. Isso está em relatórios globais, não apenas no brasileiro. Já está evidenciado”, finalizou Barbosa.

 

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