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Relatora sobre ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na CPI de 8/1: “Contraditório”

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) também é relatora da CPI dos atos antidemocráticos, e falou à imprensa sobre o depoimento do sargento Luis

atualizado

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Edilson Rodrigues/ Agência Senado
CPMI
1 de 1 CPMI - Foto: Edilson Rodrigues/ Agência Senado

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro ouviu, nesta quinta-feira (24/8), o sargento do Exército e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), Luis Marcos dos Reis.

À imprensa, a relatora e senadora Eliziane Gama (PSD-MA) ressaltou que o depoimento do sargento foi contraditório “em vários pontos”, e destacou transações financeiras atípicas, identificadas pela Polícia Federal (PF) em relatórios. Um deles diz respeito a repasses da empresa Cedro do Líbano Comércio de Madeira e Materiais para Construção na conta do sargento. A empresa tem como sócio Vanderlei Cardoso de Barros, ex-auxiliar da Presidência no Palácio da Alvorada.

“Ele foi contraditório, na verdade, em vários pontos do depoimento. Na primeira leva, ele disse que não conhecia o Vanderlei. Depois pudemos ver conversas no WhatsApp, onde constavam transferências bancárias em volumes significativos, tanto para o Vanderlei quanto para a própria empresa”, afirmou a senadora.

A senadora explicou que, com base no comportamento do sargento no fatídico dia de quebra-quebra na Esplanada dos Ministérios, é possível perceber uma espécie de apologia aos atos antidemocráticos. “Ele claramente fez apologia, incentivou, vibrou”, disse Gama à imprensa.

O ex-ajudante de ordens e sargento Luis Marcos Reis teria, ainda, repassado informações e imagens dos atos antidemocráticos aos familiares e conhecidos, e que tudo isso está registrado no relatório produzido pela PF, a qual ela teve acesso.

“Ele claramente fez apologia, incentivou, vibrou pelo oito de janeiro. Fez através das mensagens. Está no relatório da PF, passou inclusive para familiares, para outras pessoas. Mostrava claramente uma intimidade dele em relação a essas pessoas que tem movimentação financeira atípica e pessoas que estavam ali diretamente ligada a manifestações participando dos atos de 8 de janeiro, ele próprio participou ao fazer imagens e compartilhar as imagens”, explicou Gama.

O sargento Luis Marcos Reis, preso desde maio por suspeita fraude em cartões de vacina, é apontado como responsável pela movimentação atípica de transações financeiras que tiveram como destinatário o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens Mauro César Cid, também preso.

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