Relatora da CPI do 8/1 após operação contra Cid: “Estávamos no caminho certo”
Tenente-coronel Maur Cid é investigado por negociar e comercializar, nos Estados Unidos, joias e outros presentes recebido pela Presidência
atualizado
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A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 no Congresso Nacional, afirmou, nesta sexta-feira (11/8), que o colegiado “estava no caminho certo” ao questionar transações financeiras de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), alvo de operação da Polícia Federal (PF).
O tenente-coronel Maur Cid é investigado por negociar e comercializar, nos Estados Unidos, joias e outros presentes recebido pela Presidência da República quando Jair Bolsonaro estava à frente do Executivo.
Além do ajudante de ordens do ex-presidente, são investigados o pai dele, Mauro César Lourena Cid, o segundo-tenente Osmar Crivelatti, e o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.
Cid prestou depoimento à CPMI do 8/1 em julho deste ano. O colegiado investiga suposta participação de Cid nos atos golpistas na Praça dos Três Poderes em Brasília.
Durante a oitiva, Eliziane Gama questionou valores em espécie trazidos por Cid dos Estados Unidos ao Brasil. Protegido por habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ele não respondeu.
“Estávamos no caminho certo: pergunta feita por mim a Mauro Cid na CPMI em 11/7: ‘O senhor fez viagem aos EUA num bate e volta. Esse valor de US$ 35 mil em espécie, juntamente com esses R$ 16 mil em espécie, o senhor teria trazido dos EUA?’ Protegido por HC, Cid não me respondeu”, escreveu Eliziane.
No início deste mês, a CPI aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Mauro Cid. A partir da próxima semana, o colegiado deve voltar as atenções à investigação da PF, deflagrada nesta sexta.
Parlamentares governistas devem apurar se os valores obtidos com a venda das joias têm relação com o financiamento dos atos golpistas de 8/1.