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“Relação com o Brasil é baseada em instituições”, dizem Estados Unidos

Bolsonaro se reúne nesta semana com o presidente dos EUA, Joe Biden, em Los Angeles, durante a Cúpula das Américas

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1 de 1 bandeira-brasil-eua750-350×210 - Foto: Reprodução

Às vésperas de reunião com o Brasil na 9ª Cúpula das Américas, realizada de 6 a 10 de junho, o governo americano afirmou que a relação entre os dois países é baseada em instituições.

O encontro bilateral entre os presidentes Jair Bolsonaro e Joe Biden deve ocorrer nesta quinta-feira (9/6), de acordo com o que apurou a coluna de Igor Gadelha. Se confirmado, será o primeiro entre os dois líderes, que já tiveram algumas rusgas públicas.

Biden tomou posse da Casa Branca em janeiro de 2021. Bolsonaro expressou, durante o pleito interno americano em 2020, apoio ao ex-presidente Donald Trump, que saiu derrotado. Biden, por sua vez, deu declarações críticas ao atual governo brasileiro em matéria ambiental. Em uma delas, ainda como candidato, disse que as florestas no Brasil “estão sendo derrubadas”.

Em conversa com um grupo de jornalistas na sexta-feira (3/6), o encarregado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Douglas Koneff, disse que é natural um encontro entre os líderes das duas maiores democracias no hemisfério ocidental. Entre as semelhanças entre os dois países, ele listou suas respectivas economias, o tamanho das duas democracias e a liderança que ambos exercem em matéria de energia limpa.

“É natural que os dois líderes se encontrem e conversem sobre isso porque temos um relacionamento estratégico de longo prazo. Esta é uma relação baseada em instituições. Isso é mais importante do que quaisquer personalidades”, disse Koneff, em reunião na sede da embaixada, em Brasília.

Em 2020, Bolsonaro não escondeu a instatisfação com a derrota do aliado Trump e foi o último líder global a parabenizar Biden por sua vitória. Já em agosto de 2021, ele disse que a contraparte americana tem “quase uma obsessão pela questão ambiental” e isso atrapalha a relação entre os dois países

“Prioridades compartilhadas”

Na reunião que terão às margens da cúpula, os dois presidentes vão tratar de “prioridades compartilhadas” dentro de uma variedade de assuntos, de acordo com Koneff. Entre elas, estão tópicos como investimentos comerciais, energia limpa, segurança alimentar, mudança climática, migração, recuperação da pandemia e valores democráticos.

“Acima de tudo, vamos reafirmar a força e resiliência do nosso relacionamento de longa data”, frisou Koneff.

A reunião também deve tocar em assuntos que são importantes para a agenda bolsonarista, especialmente no atual cenário pré-eleitoral, como fertilizantes, combustíveis e inflação global, problemas que afetam o mundo todo no atual contexto de guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Bolsonaro estava reticente sobre a participação no evento, que é organizado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e será sediado nos EUA. O mandatário brasileiro foi convencido a participar da cúpula após receber uma visita pessoal de um enviado especial de Biden, o ex-senador Christopher Dodd, no Palácio do Planalto. Na ocasião, Dodd explicou os objetivos da cúpula e a importância da presença dos líderes da América Latina.

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