Reitor comemora por assembleia do Rio não votar extinção da Uerj
Ricardo Lodi Ribeiro garante que recusa pelo projeto causa grande satisfação e alívio e lembra importância da imnstituição pada a saúde
atualizado
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Ri0 de Janeiro – O reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ricardo Lodi Ribeiro, comemorou, “com grande satisfação e alívio”, a decisão da presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) de não colocar em votação a proposta apresentada pelo deputado bolsonarista Anderson Moraes (PSL). Ele protocolou um projeto de lei que pede a extinção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
A proposta causou polêmica e foi descartada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano (PT), na quarta-feira (26/5). “Enquanto eu for presidente, não vota. É inconstitucional e isso seria atribuição do Poder Executivo”, diz Ceciliano, que exaltou a Uerj.
Confira o pedido:
Veja o post de Moraes, em que ele anunciou o pedido de extinção da Uerj:
Protocolamos projeto de lei que dispõe sobre a extinção da Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ – e a transferência da oferta de vagas à instituições privadas.
BALBÚRDIA nas universidades custeadas com o dinheiro do povo, nós não iremos aceitar!— Anderson Moraes (@deputadomoraes) May 25, 2021
Constituição violada
Para o reitor, além de violar a Constituição do estado, a proposta ignora a importância extrema da Universidade para a população fluminense.
“Nossa instituição é, hoje, a principal agência de políticas públicas estaduais, além de referência na saúde, em especial, no combate à Covid-19, por meio do atendimento a pacientes de alta e média complexidade, testagem e vacinação da população fluminense”, pontua o reitor, em nota.
O texto assinado por Ricardo Lodi Ribeiro diz ainda que “a tentativa de extinguir a Uerj revela a existência de setores da sociedade, com representação política, que empreendem uma guerra cultural contra a ciência, baseada no irracionalismo irresponsável, cujos resultados já são sentidos pelo povo brasileiro na sabotagem ao enfrentamento da Covid-19”.
Para o gestor, o saldo da polêmica é, no entanto, positivo, visto que formou “fantástica rede de solidariedade na defesa de nossa Universidade entre parlamentares, reitores de outras instituições, trabalhadores da educação, estudantes e sociedade em geral”.
“Agradecemos a cada pessoa e entidade que se ergue em solidariedade à Uerj e ao seu exitoso projeto de 70 anos de educação superior pública, gratuita, referenciada socialmente, laica e de excelência”, completa.