Regiões afastadas pelo desmatamento na Amazônia crescem em 34,5%, diz Inpe
Em comparação com o período analisado, as mesmas datas de 2018 a 2019 ficaram em 6.844 km² desmatados
atualizado
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As regiões afetadas pelo desmatamento na Amazônia aumentaram 34,5% no período de um ano, segundo informe do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira (07/08). De agosto de 2019 a 31 de julho deste ano, 9.205 km² da área da floresta receberam alertas da atividade ilegal.
Em comparação, entre 2018 a 2019, a estimativa tinha ficado em 6.844 km². Apesar do levantamento alarmante, houve queda na quilometragem de área desmatada entre os meses de julho deste ano e de 2019. Em 2020, 1.654 km² de área receberam alerta de desmate, ante 2,2 mil km² no mesmo período do ano passado.
Os dados de áreas com alerta de desmatamento são fornecidos diariamente pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), por meio de imagem de satélites. Já a taxa oficial anual de desmatamento na Amazônia leva em consideração o período de seca, analisando as queimadas perante picos de chuva e secura.
Segundo o vice-presidente Hamilton Mourão, o dado de julho aponta uma “reversão de tendência”. “Ainda é começo, a gente tem que prosseguir até chegar nas metas que nós temos que é colocar o desmatamento dentro do mínimo aceitável”, disse, nesta sexta-feira.
Os alertas de maio e junho registraram recordes históricos, contados a partir de 2015. Em maio, o alerta ficou em 829 km², e em junho 1.024 km². Depois de levantados, os dados são utilizados pelos fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que averiguam as regiões e as causas dos desmates.