Reforma tributária: Lira diz que procurou Bolsonaro, mas não foi respondido
A tentativa de diálogo com Bolsonaro ocorre após duras críticas do ex-presidente à reforma tributária. Votação do texto ocorre nesta quinta
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quinta-feira (6/7), que mandou mensagem ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para tratar sobre a reforma tributária, mas não teve retorno.
A tentativa de diálogo com Bolsonaro ocorre após duras críticas do ex-presidente à reforma tributária. “Mandei mensagem e não fui respondido. Não consegui falar”, disse Lira.
A matéria é defendida por Arthur Lira, que considera a reforma essencial para a economia do país e espera que a aprovação seja um dos marcos de sua gestão no segundo mandato como presidente da Câmara.
A Casa iniciou discussão do texto na noite de quarta-feira (5/7). A votação ocorrerá na noite desta quinta. Segundo Lira, a expectativa é de que a análise ocorra em dois turnos ainda hoje. Para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) seja aprovada, são necessários ao menos 308 votos favoráveis, em dois turnos.
Bolsonaro x Tarcísio
Na manhã desta quinta, Bolsonaro reuniu as bancadas do Partido Liberal e se posicionou contra a reforma. O encontro foi marcado por divergências entre o ex-presidente e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi ministro da Infraestrutura de Bolsonaro.
Após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Tarcísio se posicionou a favor da reforma tributária, apesar de pleitear mudanças no texto. O movimento irritou Bolsonaro e outros nomes do PL. Segundo Lira, os líderes do partido já informaram que vão orientar voto contrário ao texto.
Questionado sobre as divergências entre Bolsonaro e Tarcísio, Lira disse que “não quer entrar em pautas políticas”.
“Não vou entrar em questões politizantes nesse momento. Queria que todos tivessem respeito ao trabalho que foi desenvolvido. Não vou entrar em detalhes se ministro A, ministro B, partido A, partico C, membro A, membro B tem posicionamento político. Essa matéria não é política, é técnica, importante para o país”, afirmou.