metropoles.com

Tributária: mudança eleva alíquota padrão a 27,97%, a maior do mundo

A alíquota da reforma tributária subirá de 26,5% para 27,97%, após mudanças feitas pela Câmara, segundo cálculos do Ministério da Fazenda

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Mário Agra / Câmara dos Deputados
Foto colorida do plenário da Câmara dos Deputados - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do plenário da Câmara dos Deputados - Metrópoles - Foto: Mário Agra / Câmara dos Deputados

O Ministério da Fazenda divulgou, nesta sexta-feira (23/8), análise com a simulação dos impactos das alterações feitas pela Câmara dos Deputados no principal projeto de regulamentação da reforma tributária sobre consumo. Segundo o estudo, caso o texto seja aprovado de forma definitiva como está, a alíquota padrão subirá para 27,97% — representando um acréscimo de 1,47 ponto percentual.

Levantamento feito pela Tax Foundation no final do ano passado aponta que a aplicação tornaria o Brasil o país com maior alíquota média do mundo. Abaixo dele viriam Dinamarca (27%), Grécia (25%), Suécia (25%), Irlanda (24%) e Portugal (24%).

A nota técnica da Fazenda avalia as mudanças feitas pela Câmara no projeto de lei complementar (PLP) 68/2024 sobre a alíquota de referência da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que foi enviado para análise do Senado Federal.

O texto extingue os cinco impostos cobrados atualmente e os transforma no Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, com duas frentes de cobrança (CBS federal e IBS subnacional). Também é criado o Imposto Seletivo (IS), mais conhecido como “imposto do pecado”, que incide sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Quando o projeto foi enviado pelo governo ao Congresso, em abril, a estimativa da Fazenda para a alíquota média era de 26,5%. Nos moldes atuais, a média é 34%.

Os números apresentados ainda são projeções, visto que a alíquota só entrará em vigor futuramente, a partir de 2026. Ela será cobrada sobre o consumo dos itens de forma geral.

A reforma tributária se compromete a manter a carga tributária atual, por meio da alíquota de referência da CBS e das alíquotas de referência estadual e municipal do IBS, que serão fixadas futuramente pelo Senado, com metodologia validada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

A Fazenda explicou que União, estados e municípios terão autonomia para a fixação de sua alíquota-padrão. A alíquota de cada ente poderá, ou não, ser definida com base na alíquota de referência (via acréscimo ou redução em pontos percentuais). Caso o ente federativo não fixe sua alíquota, aplica-se a alíquota de referência.

Mudanças no texto da reforma tributária

A nota técnica da pasta chefiada pelo ministro Fernando Haddad salienta que nem todas as mudanças introduzidas pela Câmara no projeto correspondem a tratamentos favorecidos, que elevam a estimativa da alíquota.

As alterações no “imposto do pecado”, por exemplo, incluem medidas que ampliam sua arrecadação e, portanto, contribuem para reduzir a alíquota de referência total do IBS e da CBS, que é necessária para assegurar a estabilidade da carga tributária. Como exemplo é citada a inclusão das bets (apostas esportivas) no escopo do imposto seletivo.

8 imagens
1 de 8

Arte / Metrópoles
2 de 8

Arte / Metrópoles
3 de 8

Arte / Metrópoles
4 de 8

Arte / Metrópoles
5 de 8

Arte / Metrópoles
6 de 8

Arte / Metrópoles
7 de 8

Arte / Metrópoles
8 de 8

Arte / Metrópoles

Por outro lado, no que diz respeito aos novos itens inseridos na cesta básica de alimentos submetidos à alíquota zero, entre as medidas de maior impacto sobre a alíquota de referência houve a inclusão das carnes e dos queijos.

Também foram destacadas pelo Ministério da Fazenda a ampliação da lista de medicamentos na alíquota reduzida e as reduções de alíquotas para o setor imobiliário.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?