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Reforma administrativa: governo estuda carreiras públicas mais longas

Medida em estudo faz parte do pacote da agenda de transformação do Estado, promovida pela equipe da ministra Esther Dweck

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1 de 1 foto colorida da esplanada dos ministérios em Brasília -- Metrópoles - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Como parte das medidas discutidas no âmbito da reforma administrativa, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) estuda reestruturação das carreiras no setor público, com alongamento de algumas delas.

“Estamos discutindo, sim, reestruturação de carreiras com a nossa visão de alongamento de carreiras, de ter carreiras que demore a se chegar ao topo, pensando em outros critérios para progressão. Estamos fazendo um plano de gestão de desempenho”, contou a ministra Esther Dweck, em entrevista ao programa “Bom dia, ministra”, da TV Brasil, na manhã desta quinta-feira (11/4).

O governo do presidente Lula (PT) prefere chamar a reforma administrativa de “agenda de transformação do Estado”.

Para Dweck, a reforma “tem de ir além da discussão de pessoal” e o foco deve ser na melhoria da capacidade de prestação de serviços para a população.

A ministra ainda voltou a defender estabilidade do servidor: “É algo de proteção ao Estado brasileiro, e a gente acha que deve ser mantido”.

Além da gestão de pessoas, o Ministério da Gestão entende que o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), apelidado de “Enem dos Concursos”, é um instrumento da reforma administrativa ao aumentar a diversidade de servidores. A transformação digital também é vista com potencial para acelerar processos administrativos.

Medidas infralegais

A maior parte das medidas defendidas pelo governo não exige mudança constitucional. Muitas delas são feitas de forma infralegal, ou seja, por meio de decretos, portarias e instruções normativas.

Um dos projetos dentro dessa agenda é a ampliação das cotas raciais, tratada no Projeto de Lei (PL) nº 1.958/2021, em tramitação no Senado. De acordo com o texto sugerido pelo governo, a reserva de vagas a pessoas negras saltaria de 20%, pela regra atual, para 30%, na proposta de nova legislação.

O governo espera aprovar esse texto na próxima semana na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

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