Relembre frases marcantes de Delfim Netto, que morreu aos 96 anos
Delfim Netto foi ex-ministro da Fazenda que ocupou o posto por sete anos, entre os anos 1967 e 1974, durante a ditadura militar
atualizado
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Antônio Delfim Netto morreu nesta segunda-feira (12/8) aos 96 anos. Ele estava internado desde segunda-feira da semana passada (5/8), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Delfim Netto ocupou o posto de ministro da Fazenda por sete anos, de 1967 a 1974, durante a ditadura militar, nos governos dos generais Arthur da Costa e Silva e Emílio Garrastazu Médici. Formou-se em Ciências Econômicas e Administrativas pela Universidade de São Paulo e fez doutorado cuja tese era a economia do café.
Relembre algumas frases marcantes de Delfim Netto:
- “Nós não temos competência para acabar com o Brasil. O Brasil vai sobreviver a todas as bobagens que nós fizermos”.
- “Eu voltaria a assinar o AI-5. Eu tenho dito isso sempre. Aquilo era um processo revolucionário, vocês têm que ler jornais daquele momento. As pessoas não conhecem história, ficam julgando o passado, como se fosse o presente. Naquele instante foi correto, só que você não conhece o futuro”.
- “A empregada doméstica virou manicure ou foi trabalhar num call center. Agora, ela toma banho com sabonete Dove. A proposta desses ‘gênios’ é fazer com que ela volte a usar sabão de coco aumentando os juros”.
- “Todos melhoraram, mas alguns melhoraram mais que outros. Quem eram esses que melhoraram mais? Exatamente aqueles que tinham sido privilegiados com educação superior e cuja demanda cresceu enormemente no processo de desenvolvimento”.
- “Nunca houve milagre. Milagre é efeito sem causa. É de uma tolice imaginar que o Brasil cresceu durante 32 anos seguidos, começando na verdade em 1950, a 7,5% ao ano, por milagre”.
- “O Lula é um diamante bruto. É um gênio. As pessoas que subestimam o Lula são idiotas. Ele realmente tem uma grande capacidade, não só de se comunicar, que é visível, mas de organizar as coisas. Ele fez um bom governo”.
- “A empregada doméstica, infelizmente, não existe mais, ela desapareceu. Quem teve este animal, teve. Quem não teve, nunca mais vai ter”.