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Redes bolsonaristas promovem versão de que terrorista é de esquerda

Perfis em redes sociais e em grupos de troca de mensagens divulgam informações mentirosas sobre bolsonarista que tentou explodir caminhão

atualizado

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George Washington, homem preso com arsenal que pretendia fazer atentado na posse de Lula - Metrópoles
1 de 1 George Washington, homem preso com arsenal que pretendia fazer atentado na posse de Lula - Metrópoles - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

Preso na noite da véspera de Natal (24/12) sob a acusação de tentar explodir um caminhão no Aeroporto de Brasília, o gerente de postos de gasolina George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, confessou em depoimento que queria provocar caos para impedir a posse do petista Luiz Inácio Lula da Silva como presidente.

Apesar da confissão e da confirmação via investigação policial de que ele é um apoiador radical do presidente Jair Bolsonaro (PL), perfis ligados ao bolsonarismo começaram a divulgar uma versão inventada de que ele seria de esquerda e estaria infiltrado entre os “patriotas” que acampam na frente do QG do Exército e pedem por um golpe militar.

As redes bolsonaristas em plataformas como Twitter e Instagram e em grupos de troca de mensagem demoraram a começar a repercussão sobre a tentativa de ato terrorista. Quando isso começou, a partir da tarde de domingo (25/12), militantes logo disseram, ainda sem informações, que deveria se tratar de um infiltrado – mesma tática usada em 12 de dezembro, quando grupos de bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília, e promoveram vandalismo nas ruas da capital.

A versão de que George Washington Sousa não seria um “verdadeiro patriota” começou a ganhar força na noite de domingo, quando o extremista Allan dos Santos, que tem ordem de prisão expedida há mais de um ano mas está foragido nos Estados Unidos, postou em suas redes que teria investigado e descoberto que o terrorista seria do “sindicato dos funcionários da Petrobras”, o que não é verdade. Conforme admitido pelo próprio terrorista e confirmado pela Polícia Civil do DF, ele é gerente de postos de combustíveis em Xinguara, no Pará. (veja a confissão  em vídeo, noticiada com exclusividade pela coluna Grande Angular, do Metrópoles).

Santos está com suas redes sociais bloqueadas pela Justiça no Brasil, mas segue postando normalmente e prints do que ele disse estão sendo divulgados por militantes bolsonaristas que vivem no exterior ou que usam serviços que permitem acessar a internet sem vinculação territorial, driblando o bloqueio. Veja a postagem do extremista:

Mobilização nas redes

Variações da informação divulgada por Allan dos Santos começaram a circular de maneira massiva nas redes bolsonaristas a partir da tarde desta segunda (26/12). O esforço inclui postagens nas redes sociais, em sites de apoio a Bolsonaro, replicações nos grupos de aplicativos de troca de mensagens, como WhatsApp e Telegram, e produção de vídeos para plataformas como YouTube e Kwai.

Veja exemplos das postagens feitas:

 

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No esforço para desqualificar a investigação, há também mentiras sobre os policiais envolvidos na investigação e tentativas de ligar o terrorista ao governador paraense Helder Barbalho (MDB), que é aliado do presidente eleito Lula.

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