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Recorde: queimada na Amazônia em junho é a maior dos últimos 13 anos

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, foram registrados mais de 2,2 mil focos de calor, o que não era atingido desde 2007

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1 de 1 Amazônia-em-chamas - Foto: Daniel Beltrá/Greenpeace/Arquivo

O Brasil fecha o mês de junho com o maior número de focos de queimadas na Amazônia dos últimos 13 anos. São dados oficiais, do próprio governo federal. Foram registrados 2.248 focos de calor neste último mês, um volume que não era atingido desde 2007 e que representa um aumento de 19,57% em relação ao registrado em junho de 2019, quando 1.880 focos foram detectados.

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Foram registrados 2.248 focos de calor neste último mês, um volume que não era atingido desde 2007
Queimada na floresta amazônica
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Foram registrados 2.248 focos de calor neste último mês, um volume que não era atingido desde 2007

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Antonio Cruz/ Agência Brasil

Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Os números alarmantes colocam em xeque as medidas que o governo tem adotado para evitar que se repita o cenário catastrófico ocorrido no ano passado. O que tem ocorrido, porém, é uma devastação ainda pior.

O controle do desmatamento saiu do Ministério do Meio Ambiente e migrou para o chamado Conselho Nacional da Amazônia, liderado pelo vice-presidente Hamilton Mourão.

Verde Brasil 2

Numa tentativa de dar uma resposta à situação, o governo iniciou, em 11 de maio, a operação militar “Verde Brasil 2”. Os resultados da operação, porém, como revelou o Estadão, estão inflados, embutindo em seu balanço operações de combate ao desmatamento que não tiveram nenhuma ligação com o apoio militar.

O decreto 10.341/2020, que autorizou o emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem (GLO), criando a operação Verde Brasil, tem custo mensal de R$ 60 milhões, o equivalente a quase 80% do orçamento anual de fiscalização do Ibama, mas a resposta aos altos índices de desmatamento não chegou.

“As queimadas contribuem simultaneamente para as crises globais do clima, da biodiversidade e com a catástrofe sanitária na região. O Brasil precisará fazer mais, muito mais, se quiser detê-las, fortalecendo os órgãos de controle, com planos permanentes e metas claras, e não de operações pontuais e custosas”, diz Rômulo Batista, da campanha e Amazônia do Greenpeace.

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