Reconstrução de estradas destruídas no RS vai custar R$ 118 milhões
Governo liberou crédito suplementar para reparos e reconstrução de rodovias destruídas pela chuva no Rio Grande do Sul
atualizado
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O governo do Rio Grande do Sul vai gastar R$ 118 milhões para a reconstrução de estradas destruídas pela chuva. O estado vive uma tragédia sem precedentes com mais de 300 cidades em situação de calamidade. Mais de 100 estão desaparecidos e 83 mortes foram confirmadas.
Esse crédito suplementar para a reconstrução das estradas foi publicado no Diário Oficial do estado nesta segunda-feira (6/5).
Reconstrução é prioridade
A reconstrução das estradas é uma prioridade, já que a falta delas está prejudicando o trabalho de equipes de resgate e assistência. Importantes rodovias que ligam as regiões do estado foram destruídas ou estão bloqueadas.
Para se ter uma noção, trajetos por terra que demoravam cerca de 1h30 estão chegando a durar 10 horas, segundo relatos de autoridades.
A maior parte do recurso, R$ 92 milhões, será destinada a restauração e reparos gerais. Já o valor de R$ 13 milhões vai ser voltado para a reconstrução de ligações regionais. Uma parcela menor, de R$ 3 milhões, será usada para a reconstrução específica das ERS-118 e ERS-734.
Após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a cidades no Rio Grande do Sul, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil assinou portaria na qual reconhece o estado de calamidade pública em 336 municípios do estado.
O documento vem com a determinação que se reconheça “sumariamente, em decorrência de chuvas intensas”, a situação. O estado de calamidade pública agiliza o envio de apoio e dinheiro para o estado e esses municípios, passando por cima de burocracias.
Até a manhã desta segunda, o número de mortos chegou a 83, enquanto outras quatro mortes são investigadas. São também 111 desaparecidos e 276 feridos. A informação é do mais recente boletim da Defesa Civil do estado.
Até o momento, 850 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas fortes em 345 municípios. São quase 122 mil desalojadas, e outras 19 mil estão em abrigos do governo.