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Recomendação sobre cloroquina sai do ar às vésperas de CPI da Covid

Ministério da Saúde defendia “tratamento precoce” com medicamento desde o início da pandemia

atualizado

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Ministério da Saúde com operários limpando letreiro
1 de 1 Ministério da Saúde com operários limpando letreiro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A recomendação do Ministério da Saúde para uso de cloroquina como “tratamento precoce” para a Covid-19 saiu do ar na véspera da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado. À Revista Piauí, o ministério afirmou que retirou a nota para atualização, sem prazo definido.

O documento que recomendava a cloroquina foi apagado do portal do Ministério da Saúde depois de uma reunião na Casa Civil da Presidência e de uma lista de 23 questões sobre o enfrentamento da pandemia enviada aos ministérios.

Segundo o UOL, um dos itens da lista era “o governo promoveu tratamento precoce sem evidências científicas comprovadas”. No dia seguinte à data de envio, a recomendação não estava mais disponível.

À Piauí, o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) afirmou que acredita que a nota foi retirada do portal por conta da CPI, numa “política de redução de danos”. “Obviamente, não dá para começar do zero, como se mais de 400 mil vidas não tivessem sido perdidas”, completou.

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Ministro Marcelo Queiroga
Ex-ministro Nelson Teich após participar da CPI da Covid no Senado
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No documento intitulado “Orientações do Ministério da Saúde para o manuseio medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da Covid-19”, havia orientações de prescrição de difosfato de cloroquina e de sulfato de hidroxicloroquina combinados ao antibiótico azitromicina para pacientes grávidas.

A nota ainda afirma que existe “larga experiência” do uso dos medicamentos no tratamento de outras doenças infecciosas e de doenças crônicas do SUS e a “inexistência, até o momento, de outro tratamento eficaz disponível para a Covid-19”.

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